Apae conta com a participação de acadêmicos da Medicina UPF

Atendimentos neurológicos e de Terapia em Família promovem apoio a usuários e familiares assistidos pela entidade

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Os acadêmicos do curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF) participam de atendimentos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Passo Fundo. Supervisionados por professor, os estudantes contribuem com atendimentos neurológicos e nos grupos de Terapia em Família. Os atendimentos promovem o diálogo – o que auxilia na resolução de problemas – e estão incluídos na grade curricular do curso, que abrange o estágio de saúde mental do internato médico ambulatorial.

 

De acordo com a médica e professora Ana Roberta Ceratti, participam dos atendimentos de Terapia em Família acadêmicos do nono nível da Medicina, e cada grupo é composto por, aproximadamente, cinco alunos. “A coordenação da Apae e os demais profissionais indicam os pacientes que podem se beneficiar com o atendimento, em razão da vulnerabilidade. A partir da indicação, realizamos uma avaliação inicial com a família e agendamos as consultas subsequentes. A partir daí, uma dupla de alunos fica responsável pelo acompanhamento da família com a minha supervisão. Ao final das consultas do dia, discutimos com todo o grupo os casos vistos e avaliamos as próximas intervenções com aquele paciente e família”, explicou a professora.

 

Os atendimentos de Terapia em Família ocorrem nas terças-feiras pela manhã, das 8h às 12h, promovendo conversas sobre as dificuldades enfrentadas e as adaptações necessárias para uma melhor qualidade de vida para os usuários da Apae e suas famílias. Conforme o professor Dr. Cassiano Mateus Forcelini, por meio da disciplina de Neurologia, os atendimentos neurológicos são positivos para todos os envolvidos: pacientes usuários da Apae, estudantes, professores e a própria instituição. “Ganham as famílias com o atendimento de doenças neurológicas mais prementes dos pacientes, como convulsões, agitação psicomotora, autismo, hiperatividade, doenças neurogenéticas. Ganham os pacientes, com a resolução de problemas que os afligem e angustiam seus familiares. Ganham os alunos, com a visão mais humanizada de uma parcela da população que merece ser inserida socialmente, em vários aspectos, e com o aprendizado sobre o manejo dos problemas mais comuns dessa população vulnerável. Ganha o professor, que, dedicando sua atenção a uma parcela muitas vezes marginalizada da sociedade, retribui à coletividade parte do que já auferiu na construção de sua formação médico-humanística. Em suma, trata-se de uma experiência exitosa”, reiterou.



Demanda reprimida
Para a coordenadora da Política de Saúde da Apae de Passo Fundo, Patrícia Garmus de Souza Moretti, os atendimentos realizados são de extrema importância, já que acolhem a demanda reprimida de familiares de Pessoas com Deficiência Intelectual (PcDI), melhorando o manejo dos pais no que tange ao comportamento dos filhos, reduzindo a medicalização da vida. “Todos as pessoas que vão para o atendimento de Saúde Mental são beneficiadas em conjunto com a equipe de saúde da Apae, principalmente psicólogos e terapeuta ocupacional, tratando-se, portanto, de um tratamento integrado”, explicou.

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