Carnaval, filosofia e interação social
Filosofando um pouquinho, enquanto ainda me é permitido, procuro argumentos para entender essa fissura rançosa diante da sociologia e da filosofia. O que diriam os grandes filósofos? Falta lógica, é claro. Encontrei uma resposta atenuante no Carnaval de 1955, em “Mora na Filosofia”, música de Monsueto, que completa o refrão indagando “pra que rimar amor e dor”. Outra constatação paliativa, é que sem cursos de formação todos serão filósofos de fato e, assim, não haverá mais filósofos autodidatas. Isso pode ser ótimo ou péssimo, dependendo do ponto de vista. Mais intrigante ainda é saber que, com ou sem cursos de filosofia, continuaremos pensando, pois o pensamento sempre será um exercício filosófico. E como seria uma sociedade que não pode se autoconhecer? A sociologia é o conhecimento sobre a interação social, fundamental nas relações das pessoas e grupos sociais. Ora, somos seres sociáveis e, portanto, vivemos coletivamente. Isso é muito bom. Melhor ainda é conhecer e preservar essa interação. Então, sem entender essas propostas, fico filosofando com meus neurônios remanescentes que ainda vivem em plena harmonia social. Porém, a lógica e o bom senso não permitem uma resposta, nem a compreensão e muito menos a assimilação dessas proposições. A não ser que haja algum interesse oculto nessa inexplicável proposta de desintegração sócio-filosófica? Isso é para se filosofar. E em sociedade.
A arte e o tempo
Há décadas, digo que o tempo é o filtro da qualidade da arte. Até porque os artistas estão bem à frente de seu tempo. Quantos talentos só foram reconhecidos tardiamente ou mesmo depois de mortos? Foi assim com pintores como Van Gogh, Toulouse-Lautrec e Monet. Na música não é muito diferente, e o tempo vai mostrando a qualidade das obras eruditas que se mantém por séculos. Exemplo mais recente é o dos Beatles, grupo que teve carreira meteórica e terminou em 1970, praticamente há meio século. Mas as suas músicas nunca deixaram de ser sucesso. Hoje encontramos bisnetos de beatlemaníacos cantando aquele repertório dos anos 1960. Noite dessas bati o ponto no Sweet Swiss Potatoes (sim, esse é o nome de batismo do Batatas). Quando a banda Los Marias lascou Stand By Me a galerinha foi à loucura e cantou junto sem errar a letra. E dizer que Stand By Me, de Ben E. King, foi gravada em 1962! Em meio a tanta porcaria que se ouve por aí, os jovens de hoje têm filtro no ouvido. Eles já conhecem mais as músicas da minha época do que eu próprio. Aquilo que permanece é arte. O resto é ......... (preencha educadamente os pontinhos).
Remendos
Parece que vivemos na era dos remendos, onde as emendas não tapam buracos. Ao contrário, provocam rombos. Vem sendo assim há muito tempo, não importa a dieta vigente. Assim como nas leis, no asfalto os remendos têm o mesmo efeito: provocam buracos. Nas estradas ou nas cidades, observem onde há poças d’água. Geralmente é naqueles mesmos pontos onde remendaram o asfalto. E, em muitos casos, parece que a turma não leva muito em conta a opção por asfalto quente ou frio. Aí, então, as emendas ficam piores e propiciam rachaduras e novos buracos. O único remendo eficaz que conheço é a colcha de retalhos, pois aquece e ainda dá um toque de aconchego ao lar.
Atualização constante
A gente começa rodando em DOS e desemboca no Windows. Agora vivemos a era dos aplicativos. E toda essa parafernália exige uma constante atualização. E quem não acompanha acaba ficando para trás. Eu, por exemplo, já nem sei mais qual é a minha versão atual. Mas, diante dessa interminável sequência de novidades, tenho receios em relação ao meu sistema operacional. Se ficar muito desatualizado, posso não rodar mais e correr o risco de ser descartado. Então, sigo sempre atualizando meu próprio sistema operacional, além dos aplicativos e periféricos que juntei pela vida. Tomo meu Kaspersky diário e sempre dou uma reiniciada na máquina. Tá funcionando legal. Meu receio é o índice de obsolescência do processador. É bom não sobrecarregar, pois começa a esquentar e, então, pode dar um bug.
Ela voltou
Apesar de uma imagem tradicional e conservadora, o Bar Oásis vive em constante transformação. Agora é a Luiza Castanho quem está de volta e comanda os pedidos junto ao Luciano Pacheco. Enquanto isso o Léo está de molho e, literalmente, levando a vida de barriga. Ah, querem saber sobre o Iracélio? Pois bem, dizem que eu criei um monstro. Sorte que, por enquanto, é apenas um monstro adormecido.
Esse galho
Há tempo observo que muitos carros e motos fazem o retorno, sentido Boqueirão, em frente ao Clube Comercial. É claro que alguns são infratores convictos, mas outros dobram à esquerda porque entendem que é permitido. Tudo por culpa de uma árvore, cujo galho cresceu e as folhas verdes acabaram tapando a placa que sinaliza a proibição.
Trilha sonora
A dupla inglesa Yellowstone & Voice e seu maior sucesso: Philosopher
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