Grupo Sorriso Voluntário faz intervenção no HSVP

Tornar o ambiente mais alegre para o enfrentamento das doenças é a forma encontrada para ajudar a todos que estão internados ou que passam por tratamentos no hospital

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O sorriso que encanta, a voz que quebra a monotonia, as cores vivas que deixam o ambiente alegre. É com uma energia que contagia pacientes, familiares e equipe médica que os estudantes do projeto de extensão Sorriso Voluntário, da Universidade de Passo Fundo (UPF), realizam intervenções no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP).

 

Tornar o ambiente mais alegre para o enfrentamento das doenças é a forma encontrada para ajudar a todos que estão internados ou que passam por tratamentos no hospital. A responsável pela Hemodiálise, enfermeira Vera Fortes, frisa que o Sorriso Voluntário veio como uma das opções de quebra da monotonia na sessão de diálise. “O único atrativo, a única distração que o paciente tem é a televisão. Muitos levam o celular, ficam assistindo vídeos de sua preferência e utilizando as redes sociais, mas, tirando isso, não tem nada específico para as atividades que poderiam ser utilizadas durante a hemodiálise para que aquele tempo de quatro horas passe mais rápido”, destaca.

 

Conforme a enfermeira, mesmo havendo muitos voluntários no hospital, no setor de hemodiálise existe essa necessidade. “Observo que há muitos voluntários prestando serviços nas unidades de quimioterapia e radioterapia, onde tem pessoas com câncer, e vejo poucos em outros ambientes, como por exemplo na terapia renal. Então, o único grupo de pessoas que está formalizado na hemodiálise é o Sorriso Voluntário, que aparece sempre com talentos incríveis no violão, na voz e no divertimento, trazendo alegria, humor, sabendo lidar até mesmo com aqueles pacientes que não gostam de barulho”, comenta.

 

A acadêmica Luiza Mattos Volpi relata que participar do projeto auxiliou na escolha da sua profissão. “Entrei no projeto no ensino médio como bolsista Paidex Jr. porque era estudante do Integrado UPF e foi uma grande oportunidade. Sempre tive interesse pela área da saúde e também sempre gostei de atividade mais lúdicas, então, quando descobri o Sorriso, me encantei. Acho que ele me proporcionou tudo e mais um pouco do que esperava, porque cresci muito como estudante, pela produção dos trabalhos, mas também como ser humano. Inclusive, ele me ajudou a escolher a Medicina, porque ainda não tinha certeza do curso, e, após ter mais contato com os pacientes, vi que era isso que eu queria”, contou.

 

Projeto

De acordo com a coordenadora do projeto, professora Me. Cristiane Barelli, o Sorriso Voluntário integra o Programa ComSaúde, que visa promover a comunicação sensível no ambiente hospitalar, em uma perspectiva interprofissional, por meio de estratégias lúdicas como palhaçaria e terapia do riso, tornando mais humanizada a relação com o paciente. “O lema que norteia as ações desde o início de suas atividades, em 2013, é ‘a alegria do cuidar’. Como desdobramento, as ações extensionistas também propiciam o aprimoramento da relação interpessoal entre pacientes e profissionais com estudantes da área da saúde”, disse.

 

O projeto contribui para a aprendizagem interprofissional de competências relacionais entre os acadêmicos da UPF, problematizando a qualidade do cuidado em saúde na perspectiva da humanização, da segurança do paciente e da integralidade. Outro aspecto relevante é que o projeto beneficia os profissionais que atuam nesses espaços com os momentos de alegria. “Realizamos invasões de sorrisos no HSVP para pacientes adultos internados e pacientes que fazem hemodiálise. Além disso, também fazemos intervenções pontuais e alusivas a eventos temáticos conforme a necessidade do hospital”, finalizou.

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