Legítimas
Pacíficas, legítimas e numerosas foram as manifestações dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, durante todo o domingo, em 156 cidades brasileiras, incluindo Passo Fundo. Foram convocadas, sim, por apoiadores através dos grupos organizados nas redes sociais, em especial pelo whatsApp, mantendo a mesma estratégia que uniu movimentos variados durante a campanha eleitoral, e que culminou com a vitória de Bolsonaro. E teve o apoio do presidente que, durante toda a semana fez questão de frisar que se tratava de um movimento espontâneo. A motivação é que se dispersou. Variou de um lugar para outro, concentrando na maioria das cidades o apoio às reformas que, é bom que se diga, estão andando no Congresso dentro do tempo previsto. Há prazos a serem observados e é preciso dar espaço para o devido debate com a sociedade. Em alguns lugares houve exagero ao pedir o fechamento do Congresso e do STF fazendo uma errônea ligação com a situação da Venezuela. Em Brasília, faixas circularam pedindo a morte de Rodrigo Maia e em quase todas as cidades, cartazes condenavam o Centrão. Teve ainda a retirada de uma faixa em defesa da educação de uma universidade pública, alegando ideologia. O eco das ruas se dará no Congresso.
Desarmar
O relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou nesta segunda-feira, 27, que não faz sentido atacar alguém que tem papel fundamental no processo da reforma, querendo a reforma, após ter sido questionado sobre o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter endossado as manifestações, que tiveram como alvos principais o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os parlamentares que compõem o chamado Centrão. "Uma manifestação democrática, ordeira, não tenho objeção nenhuma. Agora, é preciso se desarmar. Não há sentido você atacar alguém que tem papel fundamental no processo da reforma, querendo a reforma", disse o relator, em declaração à imprensa, depois de ter participado de evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). (AE)
Desfiliação
No PDT desde 1992, o advogado Julio Cesar Pacheco, encaminhou ontem o pedido de desfiliação do partido, em caráter irrevogável. Já estava afastado do diretório havia meses. Agora toma a decisão de deixar as fileiras trabalhistas. Não saber se vai se filiar a outra agremiação ou deixar de atuar partidariamente. Julio Pacheco foi assessor parlamentar de Airton Dipp, quando este exerceu o cargo de deputado federal. Tem advogado para o ex-prefeito nas causas demandadas pelo Tribunal de Contas do Estado, revertendo condenações no âmbito da Justiça.
Decisão
Discretamente, um pequeno grupo de pessoas tem se reunido com o prefeito Luciano Azevedo para discutir alternativas para a sucessão municipal de 2020. São pessoas de dentro e fora dos partidos. Quem assistiu as reuniões garante: o prefeito mais ouve do que fala. Luciano quer entender o que os partidos e a cidade pensam antes de se posicionar. A escolha do candidato governista está em andamento. Embora negue, a decisão final será do prefeito, de mais ninguém.
Mercado x Bolsonaro I
Pesquisa XP Sondagem sobre Mercado e Política, realizada pela XP Investimentos, apontou ontem que a porcentagem de agentes do mercado financeiro que considera o governo Jair Bolsonaro ótimo/bom caiu de 28% em meados de abril para 14% em 19 de maio. No mesmo período, aqueles que avaliam o governo como ruim/péssimo passaram de 24% para 43%. Segundo o Portal Congresso em Fovo, o percentual de agentes que consideram a gestão de Bolsonaro como regular também é de 43%.
Mercado x Bolsonaro II
A pesquisa entrevistou 79 investidores institucionais, um público formado por gestores de recursos, economistas e consultores, entre os dias 22 e 24 de maio, por meio de questionário que envolve ainda perguntas sobre expectativas a respeito do câmbio, da taxa Selic e de cenários para a bolsa de valores. Também foi mensurada a aprovação ao Congresso. O mesmo portal informa que o percentual de agentes do mercado que classifica como ótima/boa a atuação do Poder Legislativo subiu de 15% para 32% entre abril e maio, enquanto o grupo que avalia como ruim/péssimo caiu de 40% para 25%.
Pressão
Posição de apoiar as reformas em carta de Gramado, assinada por sete governadores do Sul e do Sudeste, mostra o potencial dos Estados em matéria de pressão. RS, SC, PR, SP, RJ, MG e ES, juntos representam 70% do PIB e detém 50% da população brasileira. Não é mole não!
Arco Íris
Em meio a uma segunda-feira emburrada e chuvosa na maior parte do tempo, a cena única foi captada pelas lentes do jornalista Erni da Rosa. Um arco Íris rasgando o céu da cidade eternizado pelo registro.