Passo Fundo fechou o mês de abril com saldo negativo na geração de emprego formal. Ao total, foram 907 demissões a mais do que contratações. Foram abertos 2.344 postos e fechados 3.251. Apesar do resultado do último mês, no acumulado do ano o saldo ainda é positivo, de 880 vagas. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pela da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.
O município vinha mantendo ritmo de crescimento no emprego. Em março, haviam sido criadas mais de mil vagas de trabalho. Até o terceiro mês, eram contabilizadas mais de 1,7 mil vagas como saldo. O município geralmente registra mais desligamentos do que contratações em abril. Isso vem acontecendo pelo menos desde 2014. No mesmo período do ano passado, Passo Fundo fechou 696 vagas. Em 2017, fechou -210 em abril.
Setores
Responsável pela criação de mais de 800 vagas de emprego em março, o setor dos serviços registrou 1,1 mil desligamentos. Logo atrás, a indústria da transformação criou 114 postos de trabalho. O comércio teve 61 novas contratações como saldo e o setor agropecuário 34 vagas. A construção civil e a agropecuária também fecharam o mês no negativo, com -4 vagas cada. O saldo positivo veio do comércio, com a criação de 184 postos de trabalho, e da indústria da transformação, com 32.
SETORES TOTAL ADMIS. TOTAL DESLIG. SALDO
EXTRATIVA MINERAL 2 2 0
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO 265 233 32
SERV INDUST DE UTIL PÚBLICA 8 12 -4
CONSTRUÇÃO CIVIL 110 114 -4
COMÉRCIO 1.010 826 184
SERVIÇOS 924 2.035 -1.111
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 0 0 0
AGROPECUÁRIA 25 29 -4
TOTAL 2.344 3.251 -907
Indústria gaúcha abre 1,1 mil vagas
No estado, o destaque positivo do mês foi da indústria da transformação, que criou 1,1 mil novos postos de emprego, e do setor de serviços, com 11,5 mil novas vagas. Porém, o resultado desses dois setores não equilibraram o saldo final, que fechou negativo com 2,4 mil demissões a mais do que contratações. A construção civil fechou 500 vagas, o comércio fechou 612, e a agropecuária teve mais de 4 mil demissões como saldo do mês.
No Brasil
Beneficiada pelos serviços e pela indústria, a criação de empregos com carteira assinada atingiu, em abril, o maior nível para o mês em seis anos. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, 129.601 postos formais de trabalho foram criados no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
A última vez em que a criação de empregos tinha superado esse nível foi em abril de 2013, quando as admissões superaram as dispensas em 196.913. A criação de empregos totaliza 313.835 de janeiro a abril e 477.896 nos últimos 12 meses.
Na divisão por ramos de atividade, todos os oito setores pesquisados criaram empregos formais em abril. O campeão foi o setor de serviços, com a abertura de 66.290 postos, seguido pela indústria de transformação (20.470 postos). Em terceiro lugar, vem a construção civil (14.067 postos).
O nível de emprego aumentou na agropecuária (13.907 postos); no comércio (12.291 postos), na administração pública (1.241 postos); nos serviços industriais de utilidade pública, categoria que engloba energia e saneamento (867 postos) e extrativismo mineral (454 postos).
Tradicionalmente, a geração de emprego é alta em abril, por causa do início das safras e do aquecimento da indústria e dos serviços.
Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelos atendimentos médicos, odontológicos e veterinários, com a abertura de 20.589 postos formais; seguido pelo comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico, com 13.023 vagas. Na indústria de transformação, a criação de empregos foi impulsionada pela indústria de produtos alimentícios e de bebidas (9.884 postos); pela indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria (7.680 postos) e pela indústria têxtil (1.845 postos).