Escola sofre com salas alagadas

Direção aguarda liberação de verba para reconstruir telhado destruído em março

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Parte do telhado e da área coberta da escola foram atingidos por uma árvore que desabou com os temporais de marçoParte do telhado e da área coberta da escola foram atingidos por uma árvore que desabou com os temporais de março
Parte do telhado e da área coberta da escola foram atingidos por uma árvore que desabou com os temporais de março
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A Escola Estadual de Ensino Médio Maria Dolores Freitas Barros, no bairro Santa Marta, aguarda a liberação do empenho para a reconstrução de parte do telhado atingido por uma árvore, no dia 8 de março, depois que um forte temporal atingiu a cidade nesse período.

 

A água que agora escorre pelas paredes de duas salas de aula – uma delas de recursos, voltada ao atendimento de estudantes inclusivos –, provoca acúmulo no piso de parquet e infiltrações já visíveis com a deterioração da pintura dos espaços, dos quadros negros e classes. Conforme a diretora do educandário, Roselaine Hoffmann, desde o episódio, algumas lonas destinadas à cobertura provisória e parcial da escola pelo Corpo de Bombeiros e pela Prefeitura Municipal de Passo Fundo protegiam o espaço até ele ceder novamente depois dos ventos fortes, que incidiram no município ao longo dessa semana, comprometerem a estrutura já danificada. “Quando aconteceu, alguns alunos estavam entrando para a aula, no turno da noite. Esse piso superior tinha sido reformado para o início do ano letivo, em janeiro. Em março, o temporal arrancou parte do telhado e caiu a árvore. O estado nos disse que falta apenas a liberação da verba, mas seguimos aguardando”, pondera.


Acomodando, diariamente, 560 estudantes em três turnos letivos, as duas salas de aula estão inviabilizadas até a conclusão dos reparos. Os cerca de 35 educandos matriculados nas turma de 6º ano do Ensino Fundamental que ocupavam o espaço, segundo Roselaine, foram provisioramente realocados para a sala audiovisual da escola. Com a remoção de equipamentos eletrônicos necessários às classes voltadas aos alunos de inclusão, a sala de recursos também foi inviabilizada. Os estudantes mantêm a rotina de aula, conforme explicou, em outros locais da escola, como a biblioteca. “A área coberta também foi atingida. Então, eles acabam ficando sem recreio e educação física”, lamenta. A obra, segundo ela, está orçada em R$ 31.650,00, cujo valor será destinado à retirada da estrutura retorcida e reconstrução da área atingida. “Precisaremos fazer a parte elétrica e de pintura novamente”, revela.


Esporte pela metade
Além dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio, os professores da Escola Maria Dolores Freitas Barros recebem alunos para as turmas de Educação para Jovens e Adultos (EJA), no turno da noite. “Eles utilizam o banheiro no escuro porque não podemos ligar a luz. A água alaga as salas, ainda mais ultimamente que não tem dado trégua”, revela a diretora, Roselaine Hoffmann.

 

O ginásio do educandário, segundo relata, é outra incógnita na rotina da escola. Com a construção iniciada há um ano, ele permanece indisponível para os alunos praticarem as classes de Educação Física. “A empresa ganhadora da licitação começou a construir e, na metade da obra, alegou incompatibilidade no projeto, deixando a construção pela metade”, continua. De acordo com a diretora, a obra que, inicialmente, estava orçada em cerca de R$ 990 mil saltou para R$ 1 milhão e 250 mil. “O governo e a empresa, que é de Porto Alegre, fizeram um novo acordo para continuar. Eu, no entanto, terei que abrir um novo processo e é burocrático”, enfatizou. “Quanto mais tempo leva para concluir, mais caro vai se tornando”, assevera.


Para os reparos na estrutura coberta, contudo, ela acredita que, com a verba em caixa, seja possível iniciar dentro de 15 dias. “Até remover e cobrir de novo, pintar e reinstalar a fiação, ficaremos mais um mês sem ter aula nas duas salas”, estima.

 

Sem tempo ruim
Em uma das salas ao lado, enquanto a professora explica a matéria aos alunos e a chuva continua a cair no lado de fora das janelas, uma figura incomum àquele cenário descansa ao lado de uma das classes. Scott, o mascote do pequeno estudante Arthur Goulart Orzechovski, cumpre mais um dia na rotina de acompanhar o dono à escola. Segundo a diretora, Roselaine Hoffmann, o cachorro está presente no ambiente escolar todos os dias, desde o início do período letivo. Entre afagos e sorrisos, Scott parece não se importar com o barulho dos corredores. “Assim que ele deita para dormir do lado do Arthur, todos os estudantes ficam em silêncio para não acordá-lo”, diverte-se ela.

 

Escola Georgina Rosado passará por obras
O prefeito Luciano Azevedo autorizou, na manhã de quarta-feira (29),a contratação de um empresa para realizar a recuperação completa da escola Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Georgina Rosado, localizada no bairro Lucas Araújo. O centro de ensino atende cerca de 230 alunos nos dois turnos de aula. As obras têm previsão de iniciar no segundo semestre deste ano.
Conforme o projeto que deverá ser executado pela empresa contratada também no segundo semestre, a EMEF Georgina Rosado deve receber nova pintura em toda a escola; reparo nas paredes com infiltrações; reforma dos telhados; construção de cobertura no acesso; construção de rampas para acessibilidade geral da escola; troca de forros, pisos e luminárias; reforma completa nos banheiros; construção de banheiro para cadeirante; reformas internas para construção de auditório; finalização da estrutura de cobertura da quadra; muro de contenção nos fundos da quadra; construção de pátio nos fundos com playground; troca das grades no entorno da escola; execução de calçada com piso podotátil.

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