Sancionada em janeiro de 2019 pelo Executivo, a lei da Cantina Saudável deve entrar em vigor em agosto deste ano nas escolas de educação infantil e ensino fundamental de Passo Fundo. Para discutir questões referentes à sua implementação, foi realizada uma reunião junto à Comissão de Cidadania, Cultura e Direitos Humanos (CCCDH), na Câmara de Vereadores na tarde desta quarta-feira (29). Além dos vereadores membros da comissão, participaram representantes das Secretarias Municipais de Saúde e Educação, do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (COMSEA), nutricionistas e representantes de escolas.
A legislação, de autoria do vereador Saul Spinelli (PSB), proíbe a comercialização de alimentos considerados prejudiciais à saúde, como refrigerantes e outros comestíveis com alto teor de açúcar ou sal nas cantinas das escolas públicas e privadas. Na reunião, foi unânime a opinião de que é necessária uma ampla discussão e conscientização junto às escolas para que todos compreendam a necessidade de colocar as determinações em prática. “É preciso ter coragem para mudar e defender a saúde de nossos filhos, não podemos admitir que 9,4% das meninas e 12,7% dos meninos sejam considerados obesos”, reforçou Saul, presidente da CCCDH.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é de que o Brasil terá 11,3 milhões de crianças obesas em 2025. “Isso é uma questão de saúde pública. Precisamos ajudar os professores e pais neste que considero o começo de um processo de transformação”, acrescentou Spinelli.
Estudos mostram que 80% dos adolescentes obesos serão adultos com excesso de peso. A obesidade aumenta os níveis de colesterol, provoca pressão alta e intolerância à glicose, um fator de risco para o diabetes e doenças cardiovasculares, sem falar em problemas articulares, respiratórios e os psicossociais.
Ficou acordado que além de reuniões com diretores, professores e associações de pais, será desenvolvido um material publicitário para ajudar na compreensão e na mobilização dos estudantes em sala de aula. Também será estudado sobre quem aplicará a multa no caso de descumprimento da lei e qual será o destino dos valores arrecadados.
Também participaram do encontro os vereadores Rudimar do Santos (PCdoB), Eloí Costa (MDB), Pedro Daneli (PPS) e Rafael Colussi (DEM).
