Auxiliar o processo de aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades. Esses são os principais objetivos do trabalho que é realizado nas Salas de Recursos das escolas da rede municipal de educação da Prefeitura de Passo Fundo. Existentes em diversas escolas, as salas funcionam no contraturno, para que os alunos possam frequentar as aulas regulares da turma em que estão inseridos e contar com este apoio pedagógico no turno inverno.
“Sem dúvida é um trabalho muito importante, que auxilia na aprendizagem dos alunos”, afirma Gisela Coelho Oliveira, diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Benino Rosado, que fica no bairro São José. Na escola são atendidos cerca de 20 alunos na Sala de Recursos, todos com diagnóstico de alguma deficiência intelectual e para cada um deles é desenvolvido um plano individualizado. Isso, porque o objetivo é que eles desenvolvam as habilidades e competências de acordo com a necessidade de cada um.
Na Sala onde trabalha a professora Sílvia Aparecida Rampanelli Talamini, especialista em educação especial, tudo é muito colorido e existem jogos pedagógicos, alguns brinquedos e muito comprometimento. Alguns dos jogos, por exemplo, são confeccionados pela própria professora, que confecciona tabuleiros e materiais individualizados para desenvolver a habilidade específica do aluno que estiver sendo atendido. “É um trabalho que precisa ser feito com muito amor e paciência, porque trabalhamos a conta-gotas, plantamos a sementinha que vamos colher os frutos a longo prazo”, explica.
Há mais de 20 anos atuando na Escola Benoni Rosado, a diretora afirma que muita coisa melhorou com o início das atividades na Sala de Recursos. “As atividades oferecidas na Sala são pensadas em conjunto entre os professores das turmas regulares que eles frequentam e a professora Sílvia, para que eles realmente desenvolvam a habilidade que necessitam. É um trabalho maravilhoso”, ressalta Gisela.
Atendimento individualizado
A Sala de Recursos da Escola Benoni Rosado funciona duas manhãs e duas tardes por semana. Nestes dias, os alunos são atendidos uma hora cada um. “Tudo é feito com um olhar muito carinhoso”, comenta Sílvia que, através de jogos pedagógicos e manipulativos ajuda desde o processo de alfabetização até as tarefas escolares. “Fazemos todo o possível para que eles progridam respeitando as suas limitações”, enfatiza.
“Quando estão em fase de alfabetização, o foco é que reconheçam as letras do alfabeto, depois as sequências silábicas e assim por diante. Já para os alunos maiores, o auxílio maior é na leitura e interpretação”, explica Sílvia. Ela ressalta ainda o importante trabalho desenvolvido pelos monitores, que também acompanham os alunos nesse processo de desenvolvimento. “É uma parceria muito grande entre a professora Sílvia, os monitores e os demais professores”, destaca Gisela.
Sala de Recursos: um olhar para o aprendizado
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