Nomes na disputa
O ex-secretário de Desenvolvimento de Passo Fundo Marco Cittolin foi sondado por um grupo de pessoas, partidárias e não partidárias, sobre a possibilidade de colocar o nome à disposição do PSB para a eleição de 2020. Experiência em gestão, consultor na área da administração pública para várias prefeituras e também na iniciativa privada, Cittolin deixou sua marca como secretário do Desenvolvimento de Passo Fundo nas duas gestões do prefeito Airton Dipp. Foi ele um dos principais articuladores para a guinada na matriz produtiva do município, viabilizando a instalação de grandes indústrias como Italac, Bsbios e Ambev. Por conta disso, em 2012, o PIB da indústria apresentou um impulso, chegando a atingir 17,1%, proporção expressiva quando comparado com 10,7% de 2007. As conversas, porém, devem seguir e passam por lideranças importantes e decisivas neste processo, a começar pelo prefeito Luciano Azevedo e pelo vice-presidente nacional do partido, Beto Albuquerque. Cittolin está disposto ao diálogo.
Retorno
Volta com força a possibilidade de o atual reitor da UFFS, Jaime Giolo, ser mesmo o candidato do PT à Prefeitura de Passo Fundo. Reservadamente ele chegou a dizer que não, mas tem sido visto em visitas e compromissos que indicam o contrário. Giolo deixará a reitoria da UFFS nesse ano, ganhando mais tempo para se dedicar a um projeto político.
DEM e a base
As especulações em torno da possibilidade de o DEM deixar a base da administração do prefeito Luciano Azevedo começaram depois do estremecimento entre o vereador Patric Cavalcanti e o próprio prefeito no caso Manitowoc. Diferentemente do caso do vereador Roberto Gabriel Toson (PSD) que deixou a base, mas o partido permaneceu no governo, no caso do DEM, Patric além de vereador é o presidente do partido e precisa compartilhar a decisão com outro vereador, Rafael Colussi, e com os nomes que ocupam cargos na administração: o atual secretário de Serviços Gerais Cristiam Thans e o coordenador do CAB, Ademir dos Santos, entre outros. Por enquanto, assunto está sendo tratado internamente.
Vazamento
Juiz não se associa com órgão acusador, no caso o Ministério Público Federal. A natureza do juiz é ser imparcial. Se isso não acontece, todo o processo está viciado. A revelação de conversas de texto pelo portal The Intercept entre o coordenador da Operação Lava Jato no Ministério Público federal, Deltan Dalagnol e Sérgio Moro quando este era juiz e julgava os processos da operação, coloca em cheque duas instituições: o Ministério Público Federal e o Judiciário. Combater a corrupção, todos os brasileiros querem, mas não fora da legalidade ou a qualquer preço.
Reação
Três conseqüências políticas imediatas ocorreram a partir da denúncia: um reboliço no Congresso que pode respingar na reforma da previdência; o governo adiou para agosto o lançamento da campanha publicitária do pacote anticrime de Moro e o pacto pelas reformas acabou não assinado pelos presidentes dos três Poderes, na segunda-feira, como o previsto
Invenções
Como sempre ocorre depois de uma bomba jornalística como esta, informações que nada contribuem ou são falsas passaram a circular pelas redes sociais ontem: primeiro, a tentativa de desacreditar a reportagem do The Intercept e a reputação do jornalista Glenn Greenwald, ganhador do Pulitzer (maior prêmio de jornalismo no mundo); segundo, diálogos falsos entre Moro e Deltan começaram a aparecer fora do contexto; terceiro, considerar mais ilegal do que a denuncia em sí, o vazamento das conversas.
Afastamento
O Conselho Federal e o Colégio de Presidentes Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil recomendaram, ontem, por unanimidade, o afastamento dos cargos públicos de todos os envolvidos no caso dos supostos diálogos, citando nominalmente Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Na nota, a OAB manifesta “preocupação” e “perplexidade” tanto com o conteúdo dos supostos diálogos quanto com a possibilidade de as autoridades terem sido “hackeadas”. Para a entidade, esses fatos trazem “grave risco à segurança institucional” e “ameaçam os alicerces do Estado Democrático de Direito”.
Verdades
A erosão das instituições cobra sempre caro da sociedade.