Há um ano e quatro meses, os portões que dão acesso ao parquinho da Escola Estadual Alberto Pasqualini permanecem trancados. É que uma cratera 'engoliu' um dos brinquedos, em fevereiro de 2018. Até hoje a situação não foi resolvida. Com o passar do tempo o buraco aumentou e está próximo do muro que faz divisa com uma casa. Em virtude disso, o esgoto fica praticamente a céu aberto, provocando mau cheiro e acumulando água em períodos de chuva. Com a previsão de um inverno chuvoso para esse ano, a situação preocupa ainda mais.
A diretora da escola Clessi Gambatto disse ter sido informada ontem (12), pelo setor de obras da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de que uma empreiteira assumiria a obra e resolveria a situação. Porém, outras promessas nesse sentido já foram feitas à diretora. Segundo ela, já chegaram a chamar um engenheiro civil de uma empresa de Passo Fundo para averiguar o local. Ele havia dito, à ocasião, que com o dinheiro que havia sido disponibilizado, não dava para executar a obra. Principalmente por não se ter conhecimento sobre o que há no solo.
Durante esse período em que o parquinho está interditado, a diretora afirma não ter sido informada sobre as causas da cratera. Além disso, paira a insegurança de que uma nova cratera possa se abrir em outro ponto do solo da escola, como em uma sala de aula, por exemplo. “Não temos o que fazer. O dinheiro não está em nossas mãos. Se estivesse, teríamos resolvido na primeira semana”, lamentou a diretora, a respeito da burocracia para que a situação se resolva.
Duas licitações
A 7ª CRE justificou a demora em função da falta de empresas interessadas na primeira licitação feita. Uma nova licitação foi realizada e tem uma empresa homologada, o que significa que deverá assumir a obra em breve. A segunda colocada do edital, uma empresa de Bento Gonçalves, fará o reparo. O orçamento é de aproximadamente R$ 56 mil. As informações foram repassadas pela representante do setor de Obras da 7ª CRE, Mara Mader.
De acordo com ela, uma equipe técnica esteve no local e fez um levantamento sobre o que fez com que a cratera se abrisse. No laudo, consta que no “local onde está instalado o parquinho existe uma grande galeria pluvial/fossa que devido ao grande volume de aterro, a erosão do local e o tempo decorrido desde sua execução, a laje de fechamento da galeria cedeu, causando desmoronamento do entorno e dos brinquedos ali assentados”. O laudo também apontava a possibilidade de mais desmoronamento no local, o que justificava a reforma como emergencial.
Notificação ambiental
A escola chegou a ser notificada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que esteve diversas vezes no local cobrando soluções