Greve deve ter adesão de sindicatos e professores

Mobilização está prevista para ter início às 10h, na Praça do Teixeirinha

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Convocada pelas centrais sindicais de todo o país como forma de oposição à Reforma da Previdência e os cortes na Educação propostos pelo atual governo, a Greve Geral desta sexta-feira (14) deve contar com a adesão de estudantes e trabalhadores passo-fun­denses de quase todas as categorias. A concentração está prevista para começar por volta das 10h, em frente à Praça do Teixeirinha, e seguir pela Avenida Brasil, chegando até a Esquina Democrática. Os atos da Greve Geral se estendem ao longo do dia e podem causar impactos em serviços como o transporte. Isto porque, embora não tenha sido confirmado pelos manifestantes, há a possibilida­de de que grupos realizem, no início da manhã, um ato em frente à garagem da Coleurb no intuito de bloquear a saída dos ônibus da empresa. Em nota, a Coleurb informou que não irá aderir à greve e que sua frota está preparada para funcionar nor­malmente, no entanto, reconheceu a possibilidade de ocorrência de situações adversas, tal qual o blo­queio das garagens e, consequentemente, o atraso na circulação dos coletivos. Por este motivo, o se­tor de Comunicação da empresa está operando em regime de plantão a fim de manter a comunidade atualizada sobre a operação das linhas de ônibus.

 

Já o Sindicato dos Trabalhadores em Transpor­tes Coletivos Urbanos de Passo Fundo (Sindiurb) confirmou que participará dos protestos, mas res­saltou que a escolha por juntar-se ou não aos atos é individual. "A nossa decisão é por aderir como di­retoria, mas aí vai de cada trabalhador participar, e nós, como sindicato, temos que tentar proteger os trabalhadores que não quiserem aderir para que possam trabalhar normalmente", salienta o presi­dente da entidade, Miguel Valdir dos Santos. O mesmo vale para comerciários e servidores municipais. De acordo com o presidente do Sin­dicato dos Servidores Municipais de Passo Fundo (Simpasso), Éverson da Luz Lopes, o poder Execu­tivo não liberou o ponto para funcionários. "Infe­lizmente eles não tiveram o entendimento dessa necessidade de adesão. Mas os colaboradores que atuam em outros turnos podem aderir", comenta. A intenção do Simpasso é, ainda, visitar os comer­ciantes locais desde as primeiras horas da manhã e convidá-los a fecharem suas lojas para que se unam ao movimento. Representantes da entidade estiveram mobilizados em torno da greve desde o início desta semana, quando visitaram servidores municipais e distribuíram panfletos que explica­ram alguns dos pontos apresentados no projeto da Reforma Previdenciária.

 

Educação

Na rede municipal de ensino, os professores deci­diram suspender coletivamente as aulas em apoio à greve, enquanto na rede privada e estadual a de­ cisão fica à critério da direção de cada instituição. "Imaginamos que 90% das escolas estaduais vão aderir aos protestos, está todo mundo bem ciente da importância e dos propósitos dessa ação. Inclu­sive, as escolas estaduais que estão interditadas aqui no município por problemas estruturais estão pensando em fazer uma manifestação na porta da Coordenadoria Regional de Ensino", explica o pre­sidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (CPERS), Orlando Marcelino. Nas instituições de ensino superior, as duas a anunciarem adesão à greve em Passo Fundo foram a Universidade Fe­deral da Fronteira Sul e o Instituto Federal Sul Rio­Grandense. Elas encontram respaldo na decisão do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (SINTEE).

 

Bancos

Para os bancários, a situação ainda é incerta. Em assembleia, o Sindicato que representa a categoria votou pela adesão aos protestos, mas os trabalha­dores devem decidir somente nesta manhã se vão realmente participar dos atos.

 

O Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato dos Tra­balhadores Rurais, Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos em Serviços de Saúde, Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimen­to Agropecuário, Sindicato dos Trabalhadores em Hoteis, Restaurantes, Bares e Similares, Movimen­to Sem Terra e líderes de ocupações são alguns dos outros grupos que votaram a favor da participação destas categorias em Passo Fundo.

Gostou? Compartilhe