Passo Fundo exportou U$ 86,2 milhões em maio. Com o resultado do último mês, o município alcança U$ 247,7 milhões no acumulado do ano em vendas para o exterior. Subtraindo o valor importado nos cinco meses de 2019, que foi de U$ 76,4 milhões, a cidade registra saldo de U$ 171,2 milhões na balança comercial até o momento. Na comparação sazonal, porém, o indicador representou queda de 30%. De janeiro a maio de 2018, o resultado da balança comercial estava na casa dos U$ 270,2 milhões. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
O protagonismo das vendas é da soja. No acumulado do ano, a venda do grão e de derivados ao exterior é de U$ 183,1 milhões. Em maio, a venda da oleaginosa e de outros resíduos derivados foi de U$ 83,1 milhões. Logo atrás, no ranking da exportação do acumulado do ano, está o milho, com U$ 46,2 milhões. No topo das importações, de janeiro a maio deste ano, estão o trigo U$ 21,3 milhões e cevada U$ 18,1 milhões.
Crescimento de 10%
As exportações brasileiras cresceram 10% em maio deste ano, na comparação com maio do ano passado. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o destaque ficou com as vendas para os Estados Unidos, que cresceram 72% no mês, na comparação com o mesmo período de 2018. Ao mesmo tempo, as exportações para a Argentina e a China tiveram queda. O comércio com o vizinho sul-americano vem caindo desde o início do ano por conta da crise econômica argentina. Já as vendas para a China vêm desacelerando desde março.
O aumento das exportações para os Estados Unidos pode ser explicado pela alta nas vendas de óleo bruto de petróleo (492%) e semimanufaturados de ferro e aço (322%) para aquele país. Os dois produtos responderam por 24% do total exportado pelo Brasil para o mercado norte-americano.
As importações brasileiras (provenientes de todos os países) cresceram 12,9% em maio. O saldo da balança comercial do país foi de 6,3 bilhões de dólares no mês.
Exportação de carne
No início do mês, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou que o governo brasileiro já entregou à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) os documentos necessários para reverter a suspensão temporária - adotada pelo Brasil, em cumprimento a um protocolo assinado em 2015 pelos dois países - da exportação de carne bovina para a China.
A suspensão temporária de certificados sanitários para a exportação de carne para a China foi confirmada, no dia 3 de junho, pelo ministério, após a notificação de ocorrência de um caso de mal da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina) no Mato Grosso.