O Pasquim é cinquentão
Na quarta-feira passada comemoramos os 94 anos de O Nacional. Agora, nesta quarta-feira, celebramos os 50 anos do lançamento de O Pasquim. De uma quarta para outra, relembramos do Seu Múcio e, em seguida, do Tarso. Aliás, com uma pitadinha de bairrismo, até poderíamos dizer que o Pasquim é passo-fundense, pois, além de ter sido um dos idealizadores-fundadores, Tarso de Castro foi o seu primeiro editor. Engatinhei no manuseio de jornais ainda criança pelas páginas do Correio Infantil nas edições dominicais do Correio do Povo. Mas foi no verão de 1970, na casa da minha avó Clodomira, em Vacaria, que conheci O Pasquim. Minha tia Lucy encomendava na banca um dos poucos exemplares que por lá chegavam. Tinha charges, títulos chamativos, muito bom humor, escrachava com a ditadura e era diferente de todas as publicações em que havia passado os meus olhos. Irreverente, permitia uma leitura com um gostinho de deboche implícito em época de censura explícita. Foi amor à primeira vista. As entrevistas tinham um formato diferente, que logo foi copiado por outros jornais e revistas. Despejou uma linguagem própria, cotidiana e satírica que também fez escola. Depois, pela difícil convivência interna da excessiva genialidade da patota, teve baixas, retornos e muitos fechamentos e ressurreições. No abre e fecha, até acredito que O Pasquim bateu o recorde dos casamentos de Liz Taylor. Mas eu continuo com saudades do nosso irreverente e cinquentenário hebdomadário. E do Sig.
Mesa Um
Após pequeno vácuo, foi reaberta a agenda oficial da Academia da Mesa Um do Bar Oásis. Até podem ocorrer ínfimos recessos, mas a confraria jamais passará por uma recessão. Assim, na semana passada, tivemos mais uma sessão solene no Clube Comercial. Desta vez o encontro teve como paraninfo o confrade Cláudio Zanatta. Como sempre, o cardápio da Lisete foi um sucesso com destaque para os rechonchudos camarões gratinados. Ah, o famoso pudim do Biazi fechou a noite com chave de caramelo. De acordo com o nosso convocador-oficial, Aldo Battisti, a agenda do ano está quase completa. E em julho tem Mu-Mu.
E a fiscalização?
Parece que virou moda a utilização de alto-falantes nas portas das lojas em Passo Fundo. Com certeza é um gesto de extrema má-educação, além do péssimo mau-gosto das vibrações sonoras que atingem incautos ouvidos que transitam pelas calçadas. Além disso, na Avenida Brasil há exageros nos decibéis que alcançam até os prédios do lado oposto. Isso é insalubre. Isso não é permitido. Mas, ao que parece, também não é fiscalizado. Onde andaria a fiscalização?
À disposição
Muitas vezes elucidar quem serão os candidatos é mais difícil do que adivinhar o resultado de uma eleição. Quem serão os candidatos a prefeito de Passo Fundo? Há rumores, nomes cotados, sondados e até imaginados. De verdadeiro temos muito pouco. Mas, claro, há nomes dispostos como, por exemplo, Júlio Henrique da Costa. O conhecido Julinho Mu-Mu aceita concorrer novamente. Mas tudo dependeria do partido, coligações etc. Enfim, nada de concreto.
Trilha sonora
Na efervescência cultural do Rio, o Pasquim pulsava nas bancas e na linguagem popular. Erasmo Carlos, já num estilo bossa, homenageou o jornal em Coqueiro Verde
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