A transição do ensino médio para o ensino superior é um passo importante e também um momento de grande expectativa, tanto para os estudantes, quanto para os pais ou responsáveis desses acadêmicos. Para os pais que têm filhos com alguma deficiência, a ansiedade é ainda mais intensa. A Universidade de Passo Fundo (UPF) tem 73 estudantes com alguma deficiência e a intensão é sempre oferecer a melhor adaptação e permanência dos alunos no espaço acadêmico. A preocupação é também em acolher as famílias dos estudantes. Pensando nisso, a UPF, por meio do Setor de Atenção ao Estudante (Saes), realizou, na quinta-feira, 28 de junho, o 3º encontro do "Grupo de Atenção às Famílias dos Alunos Deficientes/Necessidades Educacionais Especiais".
“O nosso filho se forma no próximo ano em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Teve paralisia cerebral ao nascer e atingiu a parte motora. Ele caminha com um pouco de dificuldade, mas sempre foi ativo, estudou e desejava cursar uma faculdade. Ele fez muitas cirurgias em Passo Fundo e, nestas vindas, ele sempre comentava que um dia viria fazer faculdade. É um aluno aplicado e não gosta de faltar aula de jeito nenhum”, relatou seu Rudimar Zuffo, pai do acadêmico Thiago Leite Zuffo, 20 anos, e que reside em Tapera.
A mãe de Thiago comentou sobre as inseguranças que tinha em relação ao futuro do filho, principalmente, em razão da distância e deslocamento do filho até a Universidade. “Ficava pensando como isso aconteceria, porque moramos em Tapera. Mas depois que conheci a UPF, vi que ele seria bem acolhido. Ele tem um guia que o acompanha e todos os profissionais aqui são maravilhosos. Ele não quer parar, quer fazer mestrado depois que se formar”, revelou a mãe, Loreci Leite Zuffo.
Esses são apenas alguns dos relatos de pais que participaram do encontro na UPF, que teve como objetivo acolher os familiares destes alunos, em seus mais variados cursos, possibilitando um espaço de escuta e troca de experiências entre essas famílias. Durante a atividade, também foram realizadas dinâmicas em grupo e acolhimento de sugestões para cada vez mais aprimorar os serviços. “Acolhemos os pais para que eles conheçam todo o âmbito acadêmico, conheçam os profissionais que acompanham os filhos deles e tenham esta segurança em deixar os filhos aqui”, salientou a psicóloga do Saes, Itamara Danelli.
A Universidade oferece todo o apoio na acessibilidade pedagógica e de locomoção aos estudantes com deficiência (física, auditiva ou visual) dos cursos de graduação. “Temos uma preocupação muito grande com a questão da inclusão e formação dos nossos alunos. A inclusão passa pelo acolhimento dos alunos, mas passa também pela recepção da família, para que ela se sinta parte desse espaço, que é um espaço de formação dos filhos dela. A Universidade não faz mais que sua obrigação e se coloca à disposição da família e dos estudantes para poder ajudar naquilo que está ao nosso alcance”, destacou o vice-reitor de Graduação, Dr. Edison Alencar Casagranda.
Saiba mais sobre o Saes no site www.upf.br/saes.