Comércio segue sem acordo trabalhista

Negociações não avançam devido a impasses entre lojistas e comerciários. Orientação da classe patronal é para que lojas não abram nos feriados, conforme prevê a CLT

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Presidente do Sindilojas, Jefferson Kura, afirma que entidade deve adotar postura mais firme na negociaçãoPresidente do Sindilojas, Jefferson Kura, afirma que entidade deve adotar postura mais firme na negociação
Presidente do Sindilojas, Jefferson Kura, afirma que entidade deve adotar postura mais firme na negociação
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Sindicatos patronal e laboral voltaram a se reunir para discutir as questões referentes à convenção coletiva do comércio com vigência para 2019/2020. Sem acordo firmado, o Sindilojas chamou a imprensa, na manhã de ontem (15), para divulgar que deve adotar, a partir de agora, uma postura “mais firme” na negociação. Sindicato dos Comerciários, por sua vez, alega que está lutando pela manutenção dos direitos dos trabalhadores. 

Conforme o presidente do Sindilojas, Jefferson Kura, a entidade orienta seus associados a seguir a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), fechando as lojas aos feriados. Tal medida acarretaria na perda da hora extra de 100%, como previsto na convenção antiga. De acordo com Kura, há três pontos que estão gerando divergência. São eles: as escalas, a obrigatoriedade da homologação dos termos rescisórios no sindicato laboral e o índice de reajuste salarial. Kura alega inflexibilidade da classe laboral nestes itens e que por isso a classe patronal também deve adotar uma postura mais rígida.
Para o presidente do Sindicato dos Comerciários, Tarciel da Silva, o embate passa pela manutenção dos direitos trabalhistas. Ele afirma que a pauta do reajuste salarial está sendo utilizada como ‘cortina de fumaça’ para retirar garantias do comerciário da convenção coletiva. As demais questões, como a rescisão no sindicato é uma garantia no momento em que o trabalhador está mais fragilizado. Silva reforça o caráter democrático do sindicato e informa que a proposta apresentada pelo Sindilojas será levada para a mesa de assembleia no dia 25 de julho, quinta-feira da próxima semana.
A convenção coletiva vem gerando divergências há pelo menos dois meses, quando começaram as tratativas para o novo texto. De um lado, o Sindilojas quer a elaboração de convenção nova que leve em considerações pontos da Reforma Trabalhistas. O Sindicato dos Comerciários, por outro lado, defende a aprovação da convenção nos mesmos moldes do último acordo, vencido em março deste ano. Há cerca de um mês, funcionários da loja Havan fizeram protesto em frente à sede dos comerciários cobrando agilidade na negociação.

 

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