OPINIÃO

Fatos 17.07.2019

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Movimento migratório positivo

Passo Fundo está entre os 20 municípios gaúchos com maior crescimento populacional absoluto entre 2010 e 2017, registrando um movimento migratório positivo. O município, que integra a região da Produção, teve um crescimento populacional de 5,65% neste período. Entre 2010 a 2017 Passo Fundo ganhou 10.662 habitantes chegando a uma população de 199.346.  A informação integra o estudo divulgado pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) sobre o movimento migratório e o quanto esta transição demográfica gera impactos tanto do ponto de vista econômico como em termos de desafios de políticas públicas para os próximos anos. O município de Passo Fundo é uma exceção perto do resultado geral do Estado. Com a menor taxa de crescimento populacional do país, o Rio Grande do Sul vê o percentual de idosos aumentar, ao mesmo tempo em que diminui o número de pessoas que integram o grupo em idade potencialmente ativa (15 a 64 anos). Esse movimento demográfico tem causas que vão além da baixa natalidade e da maior expectativa de vida dos gaúchos em relação ao cenário nacional: o RS é um Estado que pode ser considerado “fechado” para as trocas migratórias, pois tem baixos percentuais de emigrantes e, principalmente, de imigrantes, resultando na menor taxa líquida migratória fora do Nordeste brasileiro.  O estudo demonstra que o Rio Grande do Sul não tem se mostrado atrativo para reter pessoas, especialmente os mais jovens, muito menos para cativar gente de fora. O Estado precisará ´importar´ pessoas”, define a secretária do Planejamento Leany Lemos. Neste período perdeu mais de 700 mil pessoas para outros estados.

Região e perdas

A grande região Nordeste, é a que registra o maior saldo positivo de crescimento populacional com 21.230  habitantes entre 2010 e 2017. Um crescimento de 2,1%.  A segunda região com dados positivos foi a Centro-Ocidental, com crescimento de 0,3% ou 2,1 mil habitantes a mais no período. As demais regiões, todas com decréscimo populacional. Incluindo a região Noroeste, onde está Passo Fundo. Esta região foi a que mais perdeu população em sete anos, mais de 50 mil habitantes.  Os municípios da Fronteira Oeste e Noroeste têm as maiores perdas populacionais dos últimos anos, em parte migrando para outros Estados, em parte devido à migração interna em favor de cidades próximas a Porto Alegre, Caxias do Sul, Lajeado e Litoral Norte. Das dez cidades que mais tiveram variação proporcional de suas populações seis estão localizadas próximas às praias.

Atrativos

O resultado positivo de Passo Fundo contrasta com o desempenho da própria macrorregião onde o município está inserido (Noroeste). E o que vem sustentando esse resultado é o fato de Passo Fundo cada vez mais se consolidar como cidade Polo Regional na saúde, na educação, em serviços como o comércio. O município atrai para si uma população superior a 1 milhão de habitantes. Muitos vêm para estudar e acabam ficando. Outros decidem pelas oportunidades de emprego ou acesso à saúde. E assim a população cresce.

Suspensão I

O Ministério da Saúde suspendeu, nas últimas três semanas, contratos com 7 laboratórios públicos nacionais para a produção de 19 medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Documentos obtidos pelo jornal O Estado de São Paulo apontam suspensão de projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) destinados à fabricação de remédios para pacientes que sofrem de câncer e diabete e transplantados. Os laboratórios que fabricam por PDPs fornecem a preços 30% menores do que os de mercado. E já estudam ações na Justiça.

Suspensão II

O cancelamento de contratos aos 45 minutos do segundo tempo tem um direcionamento: favorecer a indústria privada de medicamentos, relatou à colunista um especialista no assunto. Nada mais do que isso. Os laboratórios públicos que tiveram o cancelamento dos contratos, segundo essa mesma fonte, têm excelente histórico de produção e fornecimento. “Eventual demora, o detalhe que utilizam para o cancelamento, com certeza são negociações para licença de fabricação, com princípios ativos ainda sob proteção de patentes ou em outros casos a importação dos mesmos”, complementa. Um reajuste de 0,5% nesses medicamentos por conta disso representam bilhões de dólares para a industria farmacêutica.

 

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