Os cerca de 512 alunos matriculados na Escola Estadual de Ensino Médio Lucille Fragoso de Albuquerque deverão ser realocados, provisoriamente, na área do antigo Senai, a partir da próxima semana. O espaço, cedido pela Prefeitura Municipal de Passo Fundo ainda no dia 28 de maio em uma reunião entre o prefeito Luciano Azevedo e o secretário estadual de Educação, Faisal Karam, será submetido à quarta audiência para apresentação do Plano de Prevenção contra Incêndio (PPCI) na manhã desta quinta-feira (15).
A aprovação desse laudo foi uma das exigências impostas pela adminstração municipal ao governo do estado para a disponibilização das cinco salas de aula e setor adminstrativo que, segundo o coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (7ªCRE), Elton Luiz de Marchi, funcionará para abrigar as turmas de ensino fundamental e médio. “Os estudantes ocuparão esse espaço e o da Escola João de Césaro, que é próxima, para as aulas. A modalidade de rodízio deverá ser suspensa”, afirmou. Desde o dia 14 de maio, uma semana após o educandário ser interditado pela Corporação de Bombeiros depois que houve o registro da saída de centelhas de fogo na fiação elétrica do Bloco 1, os educandos do colégio Lucille compartilham o ambiente da escola profissionalizante em uma retomada parcial do ano letivo.
Há dois anos, o ambiente escolar interditado estava sendo utilizado por alunos e professores sem a possibilidade de manipular equipamentos eletrônicos, como projetores e computadores, pelo risco decorrente dos danos na rede de eletricidade. A direção aguarda a liberação de um recurso estadual estipulado em R$ 178 mil para complementar a outra parte da verba já destinada, de R$ 150 mil. O valor total para os reparos na fiação elétrica do educandário está orçado em R$ 328 mil. “O empenho já foi realizado. Estamos esperando que o valor seja depositado na conta da escola para iniciar as obras”, assegura de Marchi.
O mesmo problema, mas em outra escola
Após a Escola Estadual de Ensino Médio Lucille Fragoso de Albuquerque suspender, durante uma semana, as aulas por apresentar problemas na fiação elétrica, no início do mês de maio, e de a Escola Estadual de Ensino Médio Maria Dolores Freitas Barros inviabilizar, por questão de segurança, o estudo dos alunos em duas salas depois que um pinheiro despencou no telhado do educandário, a Escola Estadual de Ensino Médio Mário Quintana interrompeu o ano letivo também em maio, porém no dia 29, devido à acentuação das falhas no sistema elétrico do colégio. Em menos de dois meses, três escolas estaduais, em Passo Fundo, suspenderam as aulas devido ao comprometimento estrutural.
Com quatro pavilhões reformados, a escola Mário Quintana segue com os portões trancados por determinação da 7ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (7ªCROP), em laudo emitido na última semana que reiterava a necessidade de reparos e sequência na intedição. Segundo o coordenador da 7ª CRE, Elton de Marchi, um contralaudo foi enviado pela secretaria aos engenheiros eletricistas, em Porto Alegre, na segunda-feira (12), solicitando a liberação dos espaços considerados aptos a abrigar os estudantes. “Eles estão barrando na parte burocrática. Eu acho que foi um pouco de exagero por parte da CROP porque já temos salas de aulas reformadas e prontas para a volta das atividades escolares”, pontua. “Mais de 500 crianças estão sem aula. Nós, como coordenadoria, temos que cuidar das crianças. No ano passado, quase metade do dinheiro que veio para a educação do estado se perdeu por falta de projeto”, desabafou.
Trabalhando em duas vias, o coordenador afirmou que, caso o documento seja novamente barrado pelo órgão estadual de fiscalização, a coordenadoria deverá encaminhar uma licitação de transporte escolar para que os cerca de 560 estudantes, matriculados nos três turnos letivos, sejam direcionados à Escola Estadual de Ensino Fundamental Wolmar Salton (CIEP), no bairro Bom Jesus.