O inverno segue sendo marcado pelas oscilações constantes nos termômetros gaúchos. Depois de ter presenciado, nessa quarta-feira (14), uma forte formação de geada e a terceira temperatura negativa do ano, quando a mínima durante a madrugada chegou a -1°C, os passo-fundenses podem se despedir dos cobertores e dos casacos, ao menos temporariamente. É que, apesar de uma onda de ar de origem polar ter entrado no Rio Grande do Sul na noite de terça-feira, causando o declínio nas temperaturas – pelo menos 14 municípios gaúchos registraram mínimas negativas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) –, o fenômeno começa a perder força nesta quinta-feira e abre espaço para o retorno do calor.
De acordo com o observador meteorológico da Embrapa Trigo/Inmet, Ivegndonei Sampaio, nesta quinta-feira o dia ainda amanhece com formação de geada – a décima registrada neste ano –, mas ela perde a intensidade. “Foi apenas uma rápida passagem de ar frio. Agora, as temperaturas começam a entrar em ligeira elevação e, pelo menos até o dia 26 deste mês, não há nenhuma previsão de outro frio intenso”. Na tarde de hoje (15), de céu claro a parcialmente nublado, a mínima sobe para 4°C e a máxima pode chegar a 20°C, enquanto na sexta-feira elas giram entre 9°C e 25°C. Já no fim de semana, os dias ficam ainda mais quentes e um tanto quanto atípicos para o inverno: as mínimas sobem para 15°C e as máximas chegam a 27°C.
Quanto à chuva, Sampaio garante que o tempo segue firme até o sábado, mas as áreas de instabilidade voltam a dar as caras na tarde de domingo. “A previsão indica que, no domingo, a nebulosidade na região Norte do Estado aumenta e há possibilidade de uma ligeira precipitação entre o final da tarde e o início da noite. Isso cresce na segunda e na terça-feira, quando a chuva deve ser um pouco mais intensa”, adianta o observador meteorológico.
Apesar da previsão, a chuva ainda deve ficar abaixo da média em agosto, a exemplo dos dois primeiros meses de inverno neste ano. Até o momento, o acumulado para o mês em Passo Fundo é de 28mm, o que equivale a somente 15% da média histórica para o período, que é de 188mm. “Pelo que foi observado nesses primeiros quinze dias do mês, o comportamento da chuva tem ficado bem abaixo da média. Essa, inclusive, vem sendo uma característica do inverno de 2019. Temos tido um inverno frio e seco. Enquanto em outros aspectos o padrão é o comum para a estação – a frequência de geadas e de temperaturas mínimas segue a média histórica –, a chuva ficou bem abaixo tanto em junho quanto em julho. Isso, aparentemente, vai se repetir em agosto”, explica Sampaio.
Conforme dados da estação meteorológica da Embrapa Trigo/Inmet, no mês de junho o município teve somente 29mm de chuva, enquanto a média histórica é de 134mm. Em julho, foram registrados 113mm. A média prevista era de 162mm.