A educação entre a justiça social e a democracia

VI Congresso dos Professores Municipais de Passo Fundo aborda contextos transversais ao cenário educacional.

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Cerca de 1,5 mil educadores da rede municipal de ensino participaram das conferências pedagógicas promovidas pelo CMP SindicatoCerca de 1,5 mil educadores da rede municipal de ensino participaram das conferências pedagógicas promovidas pelo CMP Sindicato
Cerca de 1,5 mil educadores da rede municipal de ensino participaram das conferências pedagógicas promovidas pelo CMP Sindicato
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Reflexionar sobre a profissão docente e a função de formação humana e profissional dos estudantes reuniu cerca de 1,5 mil educadores da rede municipal de ensino entre quarta (21) e quinta-feira (22), no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF), durante o VI Congresso dos Professores Municipais de Passo Fundo.


Na primeira noite de debate, marcada pela abertura do evento promovido pelo Sindicato dos Professores Municipais de Passo Fundo (CMP Sindicato) em parceria com a Faculdade de Educação da UPF (Faed), a coordenadora da unidade acadêmica, Adriana Dickel, destacou a importância de espaços como o proporcionado aos docentes e futuros profissionais da educação inscritos na conferência. “Nós precisamos de momento como estes para fortalecer a ideia de que o professor é estudante por toda a vida. Estamos aqui para transpor muros, para pensar uma nova realidade,” frisou.


Também na tribuna, a representação sindical na voz da professora Regina Costa dos Santos traçou os paralelos que nortearam os dois dias de discussões entre autoridades intelectuais sob a perspectiva de “união, resistência e democracia”. “Temos por obrigação pedagógica construir um documento que deixe muito claro qual a nossa posição enquanto professores, estudantes e profissionais da educação frente a essa realidade”, mencionou, referindo-se aos cortes de recursos federais anunciados pelo Ministério da Educação (MEC), em abril deste ano, às universidades e institutos educacionais públicos.


A mesa de discussões foi aberta, na noite de quarta-feira (21), pelo cientista político Daniel Cara com uma análise das questões educacionais no atual cenário brasileiro, fazendo uma retomada da conjuntura mundial. “O que se percebe é que no mundo todo a educação vem perdendo prioridade, os governos têm constrangido o direito à educação. Isso representa uma possibilidade terrível de impossibilitar que todos tenham direito à educação e com isso desenvolvam suas sociedades, façam com que elas sejam mais justas e democráticas, porque a educação é uma base para democracia e justiça social,” afirmou o estudioso.


No encerramento das atividades, o sociólogo e cientista político, Ginez Leopoldo; o Doutor em Filosofia Cláudio DalBosco e a Doutora em Ciências Sociais e ex-reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Wrana Panizzi, conduziram as discussões na esfera pedagógica. “Um dos grandes desafios é pensar a escola como um espaço de acolhimento, tendo em vista as novas configurações de família. O papel fundamental dela é o conhecimento, mas também precisa ser um lugar de acolhida”, pontuou DalBosco.

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