Passo Fundo tem mais de 203 mil habitantes

Estimativa foi divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Taxa de crescimento no município é de 0,99% em relação a 2018

Por
· 3 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que Passo Fundo tenha, atualmente, 203,2 mil habitantes. Os dados de crescimento populacional, divulgados na manhã dessa quarta-feira (27), apontam uma taxa de crescimento de 0,99% em relação ao ano passado – em 2018, conforme a estimativa, o município tinha pouco mais de 201,7 mil moradores. Apesar de o índice de crescimento populacional ter caído em relação ao ano anterior, quando chegou a 1,49% em comparação com 2017, a taxa permanece acima da média estadual e nacional. Ainda segundo o IBGE, o crescimento populacional no Rio Grande do Sul, com população estimada em 11,3 milhões de habitantes, foi de apenas 0,42%. Já no Brasil, a estimativa é de 210,1 milhões, com uma taxa de crescimento de 0,79%.

Para o coordenador da agência passo-fundense do IBGE, Jorge Bilhar, o aumento da população local, mesmo em uma taxa abaixo da registrada na última estimativa, é bastante expressivo. “Passo Fundo segue com uma média de crescimento de mil e quinhentos novos habitantes por ano. É um município que se destaca neste sentido e o motivo disso está muito relacionado ao fato de sermos um polo em serviços, indústria, agronegócio, educação e saúde. É também uma cidade atraente para morar. A indústria da construção civil proporcionou isso. É muito comum observarmos pessoas que vêm para Passo Fundo visitar ou utilizar os serviços e acabam morando aqui”, observa.  

Todos os anos, os dados relativos à estimativa de crescimento populacional, calculados nos 5.570 municípios brasileiros, são apresentados pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União. Bilhar explica que eles têm importância fundamental no planejamento urbano dos municípios, servindo como referência para o cálculo de verbas públicas que retornarão às cidades e como termômetro para a atração de novos negócios. “O Censo vai interferir diretamente na vida do cidadão. Tudo se baseia no número de habitantes, inclusive os planejamentos municipais e o desenvolvimento de projetos que atendem às demandas ligadas à qualidade de vida da população. Além disso, o crescimento constante de uma cidade atrai investimentos, especialmente em relação à indústria e comércio. É por isso que vários empreendimentos de grande porte vêm para Passo Fundo. A chegada do Passo Fundo Shopping e da Havan são exemplos disso. Passo Fundo é, hoje, o maior centro consumista da Região Norte”.

Metodologia do cálculo

A metodologia adotada para estimar os contingentes populacionais dos municípios brasileiros baseia-se na relação da tendência de crescimento populacional do município, observada entre dois censos demográficos consecutivos, com a tendência de crescimento de uma área geográfica maior, as Unidades da Federação. O método adotado tem como princípio fundamental a subdivisão de uma área maior, em áreas menores, de tal forma que seja assegurada ao final das estimativas das áreas menores a reprodução da estimativa, previamente conhecida, da área maior através da soma das estimativas das áreas menores. As populações das Unidades da Federação são obtidas, a cada ano, da última projeção populacional disponível. Além disso, as estimativas municipais incorporam, ano a ano, remanejamento da população resultado de alterações de limite territorial que ocorrem entre os municípios. Dessa forma, a comparação histórica das estimativas anuais deve ser feita com cautela.

Censo 2020

Agora, o IBGE enfrenta o desafio de realizar o Censo Demográfico 2020 driblando os significativos cortes de verba anunciados pelo governo – o orçamento previsto para o censo deve cair de R$ 3,1 bilhões para R$ 2 bilhões. Como consequência, a fim de reduzir os custos do projeto, o IBGE anunciou que no próximo ano o censo terá uma redução de 20% no número de perguntas em seu questionário, deixando de fora a coleta de dados como a posse de celulares, computadores e automóveis, a dependência do ensino público, o comprometimento da renda para pagamento de despesas de aluguel, entre outros. No início desta semana, a presidente do órgão, Susana Guerra, chegou a encaminhar um ofício ao Ministério da Economia, alertando que mesmo depois da redução do questionário o Censo 2020 segue ameaçado pela falta de verbas.

De acordo com o coordenador do IBGE Agência Passo Fundo, Jorge Bilhar, ainda não há informação de qual será o montante encaminhado para a execução da pesquisa no município. “O edital está previsto para sair nos próximos meses. Nosso desafio com o Censo é fazer um trabalho dentro das possibilidades que o governo propõe, com um orçamento reduzido, e atrair pessoas interessadas em se candidatar às vagas para trabalhar no Censo Demográfico”, comenta. Bilhar estima que na agência passo-fundense do órgão, que atende 26 municípios do Norte gaúcho, sejam abertas cerca de 500 vagas temporárias. Somente para Passo Fundo, o número de vagas deve chegar a 230, sendo 190 destinadas a recenseadores. As provas do concurso estão previstas para acontecer em fevereiro e março do próximo ano.

 

Estimativa de crescimento ao ano - Passo Fundo

203.275 – 2019

201.767 – 2018

198.799 – 2017

197.798 –2016

196.739 – 2015

195.620 - 2014

194.432 – 2013

187.298 – 2012

186.082 – 2011

184.826 – 2010 * Censo demográfico

 

Gostou? Compartilhe