OPINIÃO

Dia das Crianças com preços mais caros

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A próxima grande data do calendário de vendas do comércio é o Dia das Crianças. É importante lembrar que depois do Natal, Dia das Mães e Páscoa, o Dia das Crianças é o maior evento de vendas no país, superando em números as vendas do Dia dos Namorados, Dia dos Pais e Black Friday. Portanto, o segmento do comércio ligado aos brinquedos para crianças está esperando boas vendas nesse período, porém, um dado já anuncia dificuldades aos empresários. É que o dólar está em alta e nos patamares atuais projeta-se um aumento no preço dos brinquedos em torno de 15%, no mínimo, em comparação ao mesmo período do ano passado. No mês de agosto, a valorização do dólar foi de 8,5%, o que projeta custos maiores para a compra de brinquedos e eletrônicos. Outro fator que influencia na elevação dos preços dos brinquedos e eletrônicos são as taxas de importação. As taxas de importação de muitos produtos, também é alta, ampliando a crise no setor. De acordo com o presidente da Estrela Brinquedos, Carlos Tilkian, o reflexo da alta do dólar pode atingir - além do Dia das Crianças, a ser comemorado em 12 de outubro -, o Natal. Como os preços dos brinquedos deverão subir até o Dia das Crianças, muitos segmentos da economia estão sugerindo atrações alternativas para escapar da crise econômica como substituir os brinquedos por passeios ao cinema, teatro ou outras atividades gratuitas, como praças e parques. Fica aí a dica, mas o certo é que vai ser necessário combinar isso com as crianças.

 

O dólar, o pão e as massas

Economistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio alertam para a possibilidade de aumentos de até 20% no preço dos pães e massas. Isso também em função dos patamares elevados do valor do dólar. A explicação é que grande parte do trigo consumido no Brasil é importado e o preço está atrelado ao dólar.

 

Planos de saúde suspensos pela ANS

Em função de reclamações de consumidores, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de planos de saúde em todo o país. A lista foi divulgada no site da ANS. Foram suspensos 51 planos de saúde de dez operadoras, envolvendo 278,6 mil beneficiários. As principais reclamações dos consumidores dizem respeito a descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura.

 

Valor da parcela x taxa de juros

Uma pesquisa realizada pela Boa Vista revela um dado preocupante em relação ao endividamento dos brasileiros. Segundo a pesquisa, as pessoas que têm dívidas, na hora de escolher a contratação de um empréstimo, levam mais em conta o valor da parcela – verificando se ela cabe no bolso - do que a taxa de juros. De acordo com o economista Vitor França, que integra a Boa Vista, “essa opção de escolha traz um risco maior para o consumidor, porque pode alargar o período de envidamento”. Esse comportamento do endividado, que opta pela parcela de financiamento mais baixa, faz com que empréstimos com juros mais elevados sejam contraídos, o que ao final amplia o endividamento do cidadão. A Boa Vista é uma empresa que administra informações de créditos e cadastros de mais de 130 milhões de pessoas.


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Júlio é advogado, Especialista em Processo Civil e em Direito Constitucional, Mestre em Direito, Desenvolvimento e Cidadania.

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