Pietro Albuquerque, filho do ex-deputado Beto Albuquerque, morreu poucos dias antes de completar 20 anos de idade em decorrência de leucemia mielóide. Em sua homenagem e para sensibilizar a população para a doação de medula óssea, seu pai não mediu esforços, e em um dos seus mandatos como deputado federal, criou a lei Pietro apresentada em dezembro de 2007, logo depois do filho ter sido diagnosticado com a doença. A lei Pietro, aprovada em 2009, pela Câmara Federal estabelece de 14 a 21 de dezembro a “Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea” – como transplante é uma das chances de cura, a lei transformou o sentimento de saudade da família Albuquerque em esperança para tantas milhares de pessoas que aguardam por uma doação. “Se eu pudesse eu teria criado uma lei para que nenhum pai precisasse enterrar um filho”, declarou Albuquerque.
O dia 19 de setembro é lembrado como o ‘Dia Mundial do Doador de Medula Óssea’, para promover a sensibilização sobre a importância de ser um doador, Beto Albuquerque, que também é diretor do Instituto Pietro, palestrou para estudantes e professores da IMED, Escola Menino Jesus e comunidade. “Esse tema diz respeito à minha alma ao meu coração. Diz respeito a perda de um filho com 19 anos e isso me impulsiona a levar por todo o Brasil a compreensão dessa doença que hoje afeta cerca 10 mil pessoas todos os anos em nosso país”, explicou Beto ao público presente no auditório da Escola Notre Dame Menino Jesus.
Sobre o Instituto Pietro
Criado em 18 de março de 2019, o Instituto Pietro viabiliza o apoio material e psicossocial, de forma direta ou indireta, as pessoas que necessitam de tratamento e transplante de medula óssea e também aos seus acompanhantes, especialmente àqueles que estejam em situação de vulnerabilidade social.
Cadastro de Doadores
Para quem precisa da doação de medula óssea, não é tão simples assim encontrar um doador – estima-se que a chance de achar alguém compatível é de 1 a cada 100 mil. Paralelo à palestra de Beto Albuquerque foi realizado, na antiga sala dos professores da IMED, o cadastramento de pessoas que desejam ser doadores de medula óssea.
“As pessoas não escolhem ficar doentes, mas doar é uma escolha de cada um de nós. Todos estamos suscetíveis a qualquer doença e podemos precisar de doação”, comenta uma das idealizadoras da ação, professora Vanessa Ilha.