Após quatro meses consecutivos no negativo, Passo Fundo fechou agosto com saldo positivo no índice de emprego com carteira assinada. Foram abertos 52 postos de trabalho no último mês, com 2.174 admissões e 2.122 desligamentos. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta semana pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
No acumulado do ano, o saldo é de 686 vagas positivas. Porém esse número era maior no início do ano, quando o município vinha mantendo ritmo de crescimento no emprego. Em março, por exemplo, haviam sido criadas mais de mil vagas de trabalho. Até o terceiro mês, eram contabilizadas mais de 1,7 mil vagas como saldo. Porém, entre abril e julho, o indicador só ficou no negativo. Nestes quatro meses, o déficit foi de mais de mil vagas. Em julho, o município havia fechado 10 vagas de trabalho.
Setores
Os dados positivos na geração de emprego foram motivados pelos setores da Indústria da Transformação, que abriu 17 vagas, pelo comércio, com 18 postos, e serviços, com 54 contratações a mais do que demissões. A construção civil terminou o mês no negativo, com 35 vagas fechadas.
RS fecha 1,9 mil vagas
Em todo o Estado, os números do Caged foram positivos. O Rio Grande do Sul fechou 1,9 mil vagas de emprego em agosto. O principal impacto negativo foi no setor da indústria, onde foram 4,5 mil demissões a mais do que contratações. A construção civil também fechou postos de trabalho no período (-322 vagas). Por outro lado, o setor de serviços abriu 2,7 mil postos de emprego em agosto. O comércio também fechou com dados positivos, com 182 admissões a mais do que desligamentos.
Brasil
Pelo quinto mês consecutivo, o Brasil teve um saldo positivo na geração de emprego formal. Em agosto, o número de vagas adicionais no mercado de trabalho foi 121.387, que é o saldo positivo decorrente 1.382.407 admissões e de 1.261.020 desligamentos. O resultado de agosto representa uma variação de 0,31% em relação ao mês anterior. Foi o melhor resultado para o mês de agosto desde 2013, segundo os números. No acumulado de 2019 foram criados 593.467 novos postos, com variação de 1,55% do estoque do ano anterior. No mesmo período de 2018 houve crescimento de 568.551 empregos.
Entre os principais setores da economia, quatro tiveram saldo positivo de emprego e em dois houve mais fechamento de vagas no mês encerrado em agosto. Lidera o número de empregos gerados a área de serviços (61.730 postos), seguida por comércio (23.626), indústria de transformação (19.517), construção civil (17.306), administração pública (1.391) e extrativa mineral (1.235). Apresentaram saldo negativo a agropecuária (-3.341 postos) e os serviços industriais de utilidade pública/SIUP (-77 postos).
Todas as cinco macroreegiões do país registraram saldo positivo de emprego em agosto. No Sudeste, foram criados 51.382 novos empregos, seguido por Nordeste (34.697), Sul (13.267), Centro-Oeste (11.431) e Norte (10.610). O salário médio de admissão em agosto de 2019 foi de R$ 1.619,45 e o salário médio de desligamento, de R$1.769,59. Em termos reais (mediante deflacionamento pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC) houve aumento de 0,44% no salário de admissão e 0,09% no salário de desligamento em comparação ao mês anterior. Em relação ao mesmo mês do ano anterior foi registrado crescimento de 1,97% para o salário médio de admissão e de 1,02% para o salário de desligamento.