A manipulação é uma das maiores perversidades da humanidade. Manipular é enganar o intelecto para deformar a personalidade. É fraude. É crime. É uma maldade praticada pelo ser humano para mudar o comportamento ou a maneira de os outros pensarem. Os manipuladores agem desde cedo, por exemplo, ainda na escola para conseguirem uma condição de liderança. Na verdade estão mentindo para levar vantagem. Crescem, mentem e manipulam para o resto da vida. Até porque a manipulação é um gesto covarde para atingir os indivíduos do seu meio. Cada vez mais estamos todos manipulados e, mesmo que inconscientemente, também somos um pouco manipuladores. Na disputa política a manipulação encontrou um prato cheio. Inicialmente, isso ficou nítido na manipulação de pesquisas eleitorais. Depois chegaram as notícias manipuladas atendendo aos grandes interesses. Nunca faltaram os boatos que correm de boca em boca. As discriminações sociais persistem graças à manipulação coletiva. Para tal os manipuladores usam e abusam das mais infames piadas. Mas isso não tem a mínima graça. É o ódio agindo através da manipulação. A imposição do preconceito é uma das manipulações mais antigas. E persistente, pois acompanha a dissimulação.
Mas os boatos manipuladores não são mais apenas fofocas em salas de espera. Agora a manipulação surgiu travestida de mensagem eletrônica. Mal chegaram os computadores e já surgiu o repasse de mentiras por e-mail ou outras formas de mensagens. Ora, o fato de ler algo dava a conotação de veracidade para tudo. Então, os aéticos embarcaram nas redes eletrônicas para atacar àquilo e àqueles que machucam os seus mais íntimos recalques. Enfim, era o sonho de consumo para quem gosta de bater e esconder a mão. Dentre tantos canais, a manipulação encontrou no WhatsApp o ninho mais vulnerável e mais letal. É por ali, num aplicativo que anda pela telefonia, que surgiu um campo aberto para a proliferação de mentiras. Não falo daquelas mentiras que faziam crescer o nariz do Pinóquio. São inverdades elaboradas e muito bem produzidas com os mais obscuros fins. Além das pseudoideias, existem alguns ideais nada éticos nessa história. Não é apenas um passa-repassa, pois há novos instrumentos para multiplicar esse processo. Sim, depois dos fake news vieram os deepfakes. Agora, a notícia falsa ganhou um sistema robotizado para disseminar as mensagens. Simplificando: os criminosos manipuladores agora contam com inteligência. Artificial, é claro.
O problema é que essa enxurrada de mensagens tem por objetivo desagregar a sociedade, criar ódio e desacreditar as instituições. Como atiram para (quase) todos os lados, agem de forma massiva contra a coletividade. Haveria interesses em atacar o bem comum. Se a manipulação é doentia, queremos saber quem está por trás disso? Quem está levando vantagens com essa lavagem encefálica? Está na hora de acabar com essas redes criminosas. Ora, diante da tecnologia disponível, isso não é difícil. Então, por que até agora ninguém fez nada para desmascarar esse crime coletivo? Ora, então, além de interesses e interessados, também teríamos coniventes? Há um crime explícito e suas inegáveis consequências. Falta alguém entrar em cena para coibir e punir os responsáveis. Existe uma rede de distribuição de mensagens manipuladoras. Essas mensagens são repassadas incessantemente. As mensagens transitam por sistemas de telefonia celular e, portanto, podem ser acessadas. Isso todos sabem. Ora, então alguém estaria prevaricando? Até porque no combate ao crime os grampos devem prender bem mais do que as simples mechas de cabelos. Manipulação é crime. E os criminosos devem pagar pelos seus crimes.
Trilha sonora
O grupo alemão que abriu as portas do mundo para a música eletrônica e a gente já rodava por aqui. Kraftwerk, de 1978, The Model
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