Causa espanto e tristeza a manifestação do ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, ao tentar envolver negativamente a ONG Greenpeace na tragédia ambiental do vazamento de petróleo que atinge a costa do nordeste brasileiro. Entre dizer e desdizer, sua postura anfibológica insinua sem qualquer prova. Na verdade atenta contra o dever de seriedade, pouco se importando com a dignidade devida ao cargo que exerce. Salles não é um solitário homem de confiança do governo, pago com o dinheiro do povo, que se insinua para contaminar a entidade, pela singela razão de ser esta uma vanguarda de vigilância contra os crimes ambientais. A escuderia da mentira montada por uma reação inconsequente arvora-se à ironia infame para ultrajar. Isso é muito feio! Achar que todo mundo é idiota não é de bom caráter. E o mais grave e dramático é a omissão na ajuda ao trabalho heroico do povo trabalhador que continua cavando as areias sem a devida proteção. Nossa gente vem desafiando o perigo da contaminação, passado mais de um mês da tragédia do despejo de petróleo. População humilde, ordeira e patriota é menosprezada em meio à luta desesperada pela salvar nossas águas litorâneas. Na verdade, Salles obedece orientação para perseguir quem questiona as irresponsabilidades na floresta amazônica. O momento é de ajudar o povo trabalhador da zona pesqueira a ganhar o pão e ressalvar a alegria de viver com o fruto de nossas águas. O povo pede tão pouco apoio, e jamais mereceria tanta maldade e idiotice!
Le Monde
O jornal francês qualifica o desastre do mar brasileiro poluído pelo petróleo como a Chernobyl tropical. “O mar que morre é uma cultura que se apaga”, diz o jornal.
Argentina
Todos sabemos que há tempo a Argentina não é mais o recanto encantado de prosperidade na América Latina. A história recente, desde a ditadura sanguinária, foi sucedida por governos inferiores à pujança de seu povo. Mas nosso país vizinho tem sua história com altos e baixos. E merece respeito. A derrapada do presidente Bolsonaro repudiando a vitória nas urnas do novo presidente Alberto Fernández até não se apresenta estranha. Foge, no entanto, do ritual recomendável à diplomacia e respeito aos assuntos internos das nações. Ao misturar o estéril maniqueísmo ideológico com o resultado eleitoral na Argentina, a postura reacionária de Bolsonaro não encanta nem mesmo aos seus seguidores. No Congresso Nacional, Rodrigo Maia de imediato cumprimentou Fernandez e se mostrou preocupado em valorizar as relações comerciais com a Argentina, nosso grande parceiro.
Hiena
O ministro do STF, Celso de Melo, reptou com precisão a mensagem do twitter de Bolsonaro, que se compara ao rei leão atacado por hienas. Estas seriam o STF, ONU, PSOL e partidos de oposição. O ministro do Supremo destaca que Bolsonaro não é um monarca presidencial. Mais tarde o presidente atribuiu o tosco atrevimento a terceiros. O vídeo foi apagado, como se fosse mais uma brincadeira de criança.
Vazamento
Furioso com Witzel (governador do Rio), o presidente Bolsonaro afirma que a informação foi vazada propositadamente à Globo. Obviamente Bolsonaro nega qualquer envolvimento na morte de Marielle e Anderson. Atribui a inadvertida veiculação ao interesse em prejudicar sua futura candidatura à reeleição.
Saneamento
A matéria que tramita no Congresso Nacional sobre o marco regulatório do saneamento público é pauta de suma importância para a população menos favorecida do país. Nas promessas dos acordos firmados pelo presidente Bolsonaro na China e Arábia Saudita, há previsão de investimentos no setor. Oxalá seja cumprida a promessa!
Romildo Bolzan
O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Junior foi reeleito. Tem sido magnífica sua trajetória à frente do clube. Exemplo de gestão com credibilidade, visão empreendedora e postura ética. Mostra que não são apenas os resultados almejados que fazem um time vencedor. A fidelidade dos torcedores depende muito desses vínculos de seriedade.