Garantias que tranqüilizam
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, garantiu ontem, em Passo Fundo, que o RenovaBio seguirá seu cronograma original e passa a ser executado a partir de 2020, que o governo continuará apostando no biocombustível através do fortalecimento de programas específicos e que o calendário de adição de biodiesel ao diesel está mantido, já prevendo o incremento de mais 1% em 2020 passando dos atuais 11% para 12% até chegar a 15% em 2023. As garantias dadas publicamente pelo ministro são relevantes para o setor, porque uma coisa é ter um cronograma e a outra é a confirmação de que ele será cumprido. O que o ministro fez ontem para uma platéia que lotou o Clube Comercial, foi sinalizar aos investidores que eles podem ampliar ou fazer novas plantas. O anuncio de que o governo vai investir R$ 2 bi no setor de combustíveis renováveis nos próximos anos é outro alento, indicando que o caminho é próspero. Garantias dadas produzem a previsibilidade que o setor precisa para investir.
A visita
Almirante da Esquadra Brasileira, Bento Albuquerque confessou que foi surpreendido com o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o ministério de Minas e Energia. Aceitou, desafiado a conhecer e fazer o melhor pelo setor ouvindo muito mais do que falando. Foi essa condição que chamou a atenção do presidente da Bsbios Erasmo Battistella, no começo do ano, durante uma reunião em Brasília. Ao final do encontro, despretensiosamente, Erasmo convidou o ministro para que viesse a Passo Fundo conhecer a Bsbios e ele disse que viria. “Obviamente sempre saímos com a expectativa positiva, mas também com a dúvida: será que é mais um ministro que diz que vai e não vai? Mas hoje ele comprovou que cumpre tudo o que tem acordado com o setor e veio conhecer a Bsbios e participar deste evento”, relatou Erasmo ao saudar o ministro. Bento Albuquerque conheceu a Bsbios e ficou impressionado com o que viu. Foi a primeira vez que ele esteve em uma indústria de biocombustível. O momento foi registrado em uma placa como visita às obras de ampliação da indústria.
((foto coluna zul))))
A segunda onda
O Brasil tem um potencial extraordinário para produzir biocombustíveis e o agronegócio é a base instalada. Na década de 1970, o país deu início a primeira onda com o programa de Etanol. Há dez anos veio o biodiesel. Hoje, segundo Battistella, o Brasil vive a segunda onda com os biocombustíveis avançados como diesel verde e a querosene de avião. Cerca de 50 usinas produzem quase 7 bilhões de litros de biodiesel. “Acreditamos na criação de condições e de um marco regulatório para que os empresários que já investem e outros que queiram investir ajudem o Brasil a crescer, gerando emprego e renda, como melhor programa social que um país pode ter”, destacou.
Repasse do Megaleilão
Diferentemente das 10 maiores cidades do Estado, que devem utilizar os repasses previstos com o megaleilão do pré-sal para pagar despesas previdenciárias, a Prefeitura de Passo Fundo não possui dívidas nessa área. O Município, que é o 11º maior do Estado, está com as contas da previdência em dia, tanto do Ipasso (Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Passo Fundo) quanto do INSS. Caso confirme o recebimento dos R$ 7,4 milhões projetados pela Famurs, Passo Fundo poderá usar o valor em investimentos.
Mais Médicos
A Central Única dos Trabalhadores do Planalto Médio está convocando assembleia geral para autorização de ajuizamento de Ação Civil Pública contra a União para garantir a permanência do programa Mais Médicos, visando o atendimento à população regional e aos trabalhadores. A assembléia acontece no dia 12 de novembro, em primeira chamada às 15h, com dois terço da direção e às 15h30 com maioria simples. A assembléia acontece no Sindicato dos Bancários de Passo Fundo e Região, rua Gal. Osório, 1411. O ajuizamento da ação será feito pela RENAP, Rede Nacional de Advogados Populares.