Fundada em 1962, a Centrais Elétricas Brasileiras S/A – Eletrobras – é controladora de sete subsidiárias de geração e transmissão de energia, um centro de pesquisas (Eletrobras Cepel), uma empresa de participações (Eletrobras Eletropar) e metade do capital da Itaipu Binacional, além de ter participação indireta em 172 Sociedades de Propósito Específico – SPEs – e participações minoritárias em 29 sociedades.
Em 31/12/2018, a Eletrobras atingiu a capacidade instalada de 49.801 MW em empreendimentos de geração, o que representa 30,5% dos 163.441,00 MW instalados no Brasil, dos quais 7.000 MW são representados por Itaipu e 1.990 MW pelas usinas nucleares. Excluindo-se esses ativos, a Eletrobras representa 25% da capacidade instalada do Brasil, dividida, de acordo com o regime de exploração e participação acionária, em seis grupos: (i) Usinas Corporativas; (ii) Usinas Corporativas Sob Regime de O&M (Lei no.12.783/2013); (iii) Usinas Corporativas Renovadas pela Lei no 13.182/2015; (iv) Usinas de Propriedade Compartilhada; (v) Sociedades de Propósito Específico (SPEs); e (vi) Sociedades de Propósito Específico sob regime de O&M (Lei no 12.783/2013).
A Eletrobras é o agente responsável pela importação de energia da República Oriental do Uruguai. Em 2018, comercializou no mercado brasileiro mais de 870 GWh de energia da estatal uruguaia Administración Nacional de Usinas y Trasmisiones Eléctricas (UTE). Também em 2018, obteve a autorização para importar energia elétrica do Uruguai e da Argentina no período de 2019 a 2022.
Nesse período, foram mantidas as tratativas entre a Eletrobras e a estatal argentina Emprendimientos Energéticos Binacionales Sociedad Anónima (EBISA), atualmente Integración Energética Argentina S.A. (Ieasa), objetivando a retomada dos estudos de viabilidade para instalação de aproveitamentos hidrelétricos no rio Uruguai, na fronteira entre o Brasil e a Argentina.
Criado em 1974, por iniciativa da Eletrobras, o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) vem contribuindo para a manutenção de uma infraestrutura tecnológica avançada de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I) em equipamentos e sistemas elétricos, de forma a atender às características singulares do setor elétrico brasileiro.
O laboratório foi utilizado também para ensaios dielétricos em caminhões com cestas para acomodação de técnicos operadores em manutenção em linha viva (energizada). O resultado, complementado com os ensaios do Laboratório de Alta Tensão, instalado no Centro do Rio de Janeiro, comprovou o bom desempenho dos equipamentos e sua adequação para garantir a segurança dos trabalhadores em atividades de manutenção de linhas de transmissão energizadas.
O Brasil é um dos poucos países do mundo a realizar esta manutenção, minimizando as interrupções no fornecimento de energia. As instalações laboratoriais do Cepel foram a base para o desenvolvimento, no Brasil, dos procedimentos de manutenção em linha viva para os sistemas de 500 e 800 kV em corrente alternada, a partir da década de 1980. As Empresas Eletrobras, no atendimento de sua obrigação estatutária para suporte e desenvolvimento do Cepel aportaram R$ 196 milhões em 2018 e o total investido foi complementado por faturamento próprio através de contratos de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, serviços tecnológicos prestados, licenciamento de programas e realização de ensaios, bem como o aporte de outros Associados Especiais, atingindo o montante de R$ 214,1 milhões.
Em 2018, o total de empregados das Empresas Eletrobras (excluindo a margem brasileira de Itaipu) era de 17.233 colaboradores efetivos contra 21.563 empregados em 2017, ou seja, -20%. Esta redução deve-se, principalmente, ao Plano de Demissão Consensual (PDC), à redução nas admissões e à venda das distribuidoras Eletroacre, Ceron, Boa Vista e Cepisa, em 2018, que totalizavam 3.699 colaboradores em seu quadro efetivo até o terceiro trimestre de 2018.
Todos os dados apresentados nesse artigo, foram extraídos do Relatório do Conselho de Administração da Eletrobras. Os dados evidenciam a relevância da Eletrobras no desenvolvimento do país em um momento em que o Governo Federal quer privatizar a estatal. Vale destacar que o acionista controlador da CPFL que por sua vez controla a RGE, é uma estatal chinesa.
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