Antes de reclamar, prestigie!
Prestigiar e não reclamar. Isso é premissa de conduta social. Acho ridículo alguém desdenhar daquilo que Passo Fundo oferece. Pior ainda é quando comparam os atrativos da cidade com os disponibilizados nas capitais. Tem, também, quem busque paridade com os Estados Unidos! Isso é um desrespeito comportamental de origem. Até parece que fomos doutrinados para menosprezar aquilo que a cidade oferece. É claro que não necessitamos atingir extremos de bairrismo, mas um pouquinho de amor coletivo faz muito bem. Digo isso porque quando temos algo diferente as pessoas não reconhecem. Seguem modismos e todos fazem as mesmas coisas. Houve época que em cada esquina encontrávamos uma pizzaria. Ou, ainda, as mais inusitadas ofertas de hambúrgueres o que, convenhamos, na terra do Boka é heresia. Mas, de uns tempos para cá, os japoneses passo-fundenses amam sushi. Então, entre tendências ou modismos, caímos na mesmice. Aí quando faltam algumas opções, já está na ponta da língua a desprezível expressão ‘Passo Fundo não tem nada’. Enfim, não apreciam e nem valorizam o que temos de melhor e ainda reclamam.
Fico triste quando perdemos novas ou diferentes opções porque não foram valorizadas. Esta semana fechou o restaurante Laziz Awii, na Benjamin Constant, onde eu me deliciava comendo quibe com pétalas de cebolas. Perdemos uma excelente opção da culinária árabe. Porém, quem não prestigiou agora não pode reclamar. Também fechou a revenda Mahogany, onde encontrava um magnífico xampu para cabelos grisalhos. Fará muita falta. Mas, enquanto o leite derramado segue pelo ralo, vamos olhar e enaltecer o que há de bom por aí. Começamos pelo Boka, um ícone passo-fundense com quase meio século. Ou o Panorâmico, que é uma referência regional. Mas também não podemos desviar o nosso olhar das novidades não efêmeras. É o caso do Quintino que, sempre em alto nível, vem agregando novos encantos. Agora tem um contêiner com drinks e coquetéis que é pura tentação. E, ainda, uma pizza com massa fermentada 24 horas. Tudo em elevado padrão de qualidade. Ora, isso é Passo Fundo fazendo sombra em muita capital. Do café do Oásis à culinária peruana do Meztra, contamos com excelentes opções. Pois bem, então vamos aproveitar e valorizar as maravilhosas alternativas que temos. E parem de reclamar que isso é cacoete de vila.
Incógnita
Sabemos muito bem, a história se repete. O filme da vida tem um enredo básico com pequenas adaptações ao tempo. Assim, não mudam os personagens de ontem, hoje e amanhã. E nem mesmo os coadjuvantes. O tempo corre, queimamos filme e nem todos fazem a leitura correta do que passa na telona da vida. Os caricatos bobos da corte são identificados com a maior facilidade. A coreografia das massas de manobra não muda. Mas há personagens misteriosos que praticamente não aparecem. Então, é aí que fico com a pulga atrás da orelha. Por exemplo, quem estaria interpretando Golbery nesta nova temporada da série?
Canários
Os canários da terra cantam e encantam no céu. Fazem ninhos em luminárias dos canteiros da Avenida Brasil. É comum encontrar casais de canários em busca de alimentos. O macho, com penas alaranjadas, tem um canto lindo que chama a atenção. Já o voo dos filhotinhos impressiona pela alta velocidade. Até parecem um supersônico Mirage. O interessante é que esses canários estão muito bem adaptados ao cenário urbano.
Ratos
Enquanto isso no solo, ratos e ratazanas estão dando um show à parte. A família aumentou exageradamente. E os indivíduos estão bem reforçados. E muito à vontade.
Trilha sonora
Não importa a hora. Um sax sempre cai bem. Kirk Whalum – For You
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