Para alguns consumidores, o dia 29 de novembro está entre as principais datas comerciais do calendário anual. O dia que inaugura a temporada de compras natalícias com significativas promoções em muitas lojas fez o índice de negociações entre lojistas e compradores de Passo Fundo subir 17% em relação ao período de Black Friday no ano passado.
Entre a quinta (28) e a sexta-feira (29) da semana passada, período em que os estabelecimentos apostram em uma maior divulgação das reduções de preço, foram os dias de maior movimentação no comércio local, conforme apontou o levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Passo Fundo (CDL). Na lista de desejo de compra dos consumidores, houve um aumento de 30% na busca por itens de serviços relacionados a transporte e viagens. “Ao contrário de outras datas, o consumidor aguarda a Black Friday para comprar algo para si ou para a família, e não para presentear”, avalia a presidente da CDL, Carina Sobiesiak.
Além de pacotes turísticos com redução no valor, o consumidor passo-fundense frequentou as livrarias. Artigos de papelaria e livros figuraram na segunda colocação na prioridade de compra, nesse período, entre os clientes. Segundo a estimativa elaborada pela entidade, o setor cultural foi responsável por 23% dos resultados de venda, seguido por supermercados, mercados e hipermercados (21%); móveis, eletrodomésticos e artigos de departamento (18%); vestuário (16%) e alimentação, bares e restaurantes (15%).
Os gaúchos foram às compras
Mas, o crescimento na porcentagem de consumo durante a Black Friday não ficou restrito a Passo Fundo. O Rio Grande do Sul, como revelaram ainda os balanços do período, foi o terceiro estado a registrar um crescimento nas compras. O comércio gaúcho ficou atrás apenas do Paraná e de Santa Catarina na potencialidade de novas mercancias. “A data é, historicamente, voltada ao comércio eletrônico, mas neste ano as vendas no varejo e online foram quase equivalentes”, observa Carina. A comodidade de comprar pela internet fez com que as cifras de venda disparassem 21%, também em relação à Black Friday de 2018, enquanto que os moradores com mais tempo e disposição para garimpar descontos nas lojas físicas foram responsáveis por um aumento de 19% na comercialização de produtos nos estabelecimentos locais.
Legenda: As vendas no varejo físico e online foram quase equivalentes, segundo levantamento.