Véspera de Natal. Uma semana para nos despedirmos de 2019, um ano que foi muito desejado por diversos setores da economia e foi capaz de abraçar muitas expectativas, especialmente do mercado imobiliário. A principal delas, pra nós, era a retomada da confiança, tanto do consumidor final quanto de investidores e construtoras. Após tanto tempo estagnado, vimos o setor se movimentar e, aos poucos, a confiança voltar a aquecer o mercado.
Para quem teve que adiar os planos de compra, ou mesmo para as construtoras que tiveram que engavetar seus projetos nos últimos anos, 2019 foi muito positivo se tratando de lançamentos imobiliários. Tanto que aqui na cidade testemunhamos um único empreendimento ser liquidado em apenas dois meses. Outro reflexo foi a própria Construmóveis, que após uma lacuna de três anos teve todos os seus estandes rapidamente comercializados e uma excelente diversidade de produtos lançados com altíssima qualidade. A nível nacional, o número de lançamentos também foi positivo. Pela primeira vez desde 2016, o volume de unidades comercializadas em 12 meses voltou a crescer (+2,2%) em relação ao período anterior, de acordo com o informativo de novembro/2019, divulgado pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias). Já no acumulado até setembro, o volume de lançamentos foi 10,3% superior ao registrado no mesmo período de 2018.
A liberação de crédito também aumentou. Segundo o último informativo da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), até outubro foram aplicados R$ 62,3 bilhões na aquisição e construção de imóveis com recursos do SBPE, elevação de 34% em relação a igual período de 2018. O mês de outubro, inclusive, registrou o segundo maior resultado mensal desde maio de 2015, ou seja, dos últimos 54 meses. Uma diferença que reflete também as novas opções apresentadas ao consumidor neste ano.
O financiamento corrigido pela inflação (IPCA), sem dúvidas, foi um grande diferencial. Além de dar mais uma opção para quem estava pensando em financiar, sua implantação conseguiu reduzir significativamente as taxas de juros que, na nova modalidade, ficam entre 2,95% e 4,95% ao ano + IPCA. Muito por isso, sua recepção foi bem positiva. Logo no primeiro mês, já estava representando 20% dos financiamentos de imóveis contratados pela Caixa. Na reta final, o Banco do Brasil já está competindo com a Caixa, oferecendo uma nova linha também indexada ao IPCA, com juros de 3,45% que podem variar conforme prazo de operação e nível de relacionamento com o banco.
Por outro lado, os financiamentos tradicionais (corrigidos pela TR) também ganharam um incentivo a mais neste ano, com uma redução bem significativa nas taxas de juros. Tudo em decorrência da menor Selic das últimas três décadas, prevista para fechar 2019 em 4,5% ao ano. Portanto, se nos primeiros meses já comemorávamos financiamentos com taxas na média de 8,5% ao ano, hoje vibramos com a menor taxa em 6,75% e a maior, sem ultrapassar os 8,5%. Um cenário bastante favorável para o consumidor final, que tem a chance de adquirir um imóvel para sua própria moradia, mas também para quem já investe ou deseja investir no mercado imobiliário. Além da valorização natural do imóvel, o retorno com locação já supera outras formas tradicionais de investimento, como poupança e até mesmo fundos de renda fixa.
Todo esse histórico sela um 2019 muito positivo, com grandes motivos para comemorarmos enquanto aguardamos a chegada de 2020 com muitas expectativas pelos bons negócios que ainda estão por vir.