A expressão “alienação parental” foi proposta nos anos 1980 pelo psiquiatra americano Richard Gardner. Quando não tratada pode trazer danos irreparáveis à criança. As punições são previstas na lei, mas infelizmente, quase sempre, para não dizer sempre, fica sem nenhum reparo e as crianças e adolescentes que tratem seus males ao longo da vida.
Psicologia
Os profissionais de psicologia são os mais preparados para cuidar desta área e podem de uma forma ou outra fazer o reparo e encaminhar soluções, mas não é raro acontecer que decisões sejam tomadas baseadas em laudos de uma visita da criança no profissional, que se acha preparado para emitir uma opinião sobre a vida e os destinos das crianças. Com uma entrevista é impossível dar qualquer entendimento.
Ambiente escolar
Seja abuso sexual, alienação ou negligência o ambiente mais adequado para pesquisar sobre a situação das crianças e adolescentes é o ambiente escolar e ainda, a família extensa da vítima, mas não é raro os profissionais desconsiderarem e apenas ouvirem as partes, ou seja, o acusado e o acusador. Limitam seu trabalho e com isto limitam também o resultado do mesmo.
Pensão
Em uma pesquisa mais profunda e que pode ser feita com a boa vontade de um profissional sério e comprometido com a responsabilidade de quem decide sobre a vida de famílias, é quando iniciou toda a questão processual. Muitas delas, e posso dizer a maioria é na discussão da pensão alimentícia. O dinheiro, que é a moeda que manda no mundo e que define o início da maioria das polêmicas.
Punição
Sabe o porque temos muitas alienações parentais? Fiquei me perguntando e lendo vários artigos e me convenci que ocorre pois não existem punições. Isto mesmo, quem mente em processos, aliena crianças e maltrata as crianças seja por pensões ou vingança acaba se fazendo de vítima e se livra dos olhos da justiça. Muitas vezes até mesmo os que acusam estão livres de provar, ou seja o ônus da prova fica por conta do acusado. Fica fácil destruir reputações, famílias e desestruturar a vida das crianças, sejam filhos ou enteados.
Caso Bernardo
O caso Bernardo Boldrini, do município de Três Passos é a demonstração mais real do descaso que algumas pessoas tratam as denúncias e são facilmente convencidas com caras de choro e falsas intensões. Todos sabiam, todos viam, mas precisou o menino morrer para que se convencessem das maldades da madrasta que até então estavam protegidas por uma sociedade que se omite em fazer o trabalho correto e principalmente de profissionais que deveriam ser mais cuidadosos para observar de fato de onde vêm os reais problemas.
Realidade
Me refiro sobre estas questões quanto a vasta literatura que trata deste assunto de alienação e da influência que a mesma tem sobre as crianças e, por isto, que os pareceres psicológicos são importantes e definitivos. Estes pareceres não podem ser restritos a poucas pessoas e estas serem diretamente interessadas na decisão. A criança deve ser o centro das entrevistas e por isto uma, duas ou três sessões são insuficientes para que o profissional tenha o entendimento real da situação, pois justamente pela influência da alienação parental a criança não tem em alguns momentos a plenitude de sua vontade. Observar isto é ter consciência e responsabilidade com a vida das crianças e suas famílias e não fazer isto é com certeza condenar as pessoas a viverem com fantasmas a vida inteira.
Sinais
Outra questão importante e aprendi isto com Juízes, Promotores, Psicólogos, Assistente Social, mas principalmente com Professores é quanto aos sinais que as crianças e adolescentes abusados e maltratados tem. Desempenho escolar, recusa de participar da vida social, agressividade, falta de apetite e ainda automutilação. Sinais que nem sempre são observados por professores e levados para as autoridades.