A Secretaria Municipal de Saúde estima que, entre os meses de outubro e novembro, mais de 1,4 mil pessoas tenham procurado atendimento em turno noturno no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) do bairro Petrópolis. A unidade, que desde o dia 1° de outubro ampliou o atendimento à comunidade até às 22h, é a única em Passo Fundo com funcionamento no período da noite. De acordo com o balanço, foram atendidas 840 pessoas em outubro e outras 643 em novembro, entre as 19h e 22h, de segunda a sexta-feira. Destas, a consulta com clínico-geral foi a demanda mais recorrente. Os números relativos a dezembro ainda não foram divulgados.
Para a secretária de Saúde em substituição, Caroline Gosch, a ampliação nos horários de serviço do Cais Petrópolis tem cumprido o propósito de atender à demanda de um público composto principalmente por trabalhadores, que possuem horários incompatíveis com o funcionamento das demais Unidades Básicas de Saúde. “Estamos muitos felizes em poder oferecer um atendimento de qualidade para quem tinha dificuldade em acessar os serviços de saúde em horário comercial”, comenta. “Temos mais atendimentos no período diurno, até por uma lógica de tempo de serviço disponível, das 7h às 19h. Mas se pensarmos que o balanço leva em conta somente os atendimentos das 19h às 22h – um período de três horas –, podemos considerar que o número de atendimentos noturnos é bem expressivo”, complementa o assessor da pasta, Luis Schneider.
Composta por três médicos, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, um farmacêutico, um motorista, além de funcionários na portaria, recepção e limpeza, a equipe do turno da noite oferece à comunidade serviços de atenção primária. Entre eles, consulta com médico clínico, atendimento de enfermagem, sala de vacinas com presença de enfermeiro e técnicos, distribuição de medicamentos e veículo para possíveis necessidades de transferência de pacientes para serviços de emergência ou pronto atendimento. Conforme Gosch destaca, esse serviço contribui ainda para diminuir a superlotação nas emergências dos hospitais do município – como, por exemplo, atendimentos eletivos que chegam até o Hospital Municipal, mas que na verdade são de responsabilidade da atenção primária.