OPINIÃO

Teclando

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Les Uns et les Autres

Além do emocionante enredo e da maravilhosa trilha sonora, o longa-metragem de Claude Lelouch, Les Uns et les Autres, permite uma reflexão apenas sobre o próprio título. De fato, somos uns e outros. Ninguém admite ser preterido. Muito menos discriminado. Porém, há momentos em que, profissionalmente, sofro muito com isso. Sabe aquela história de igualdade onde o tratamento não é igualitário? Ora, isso ocorre em muitas circunstâncias na maneira como a imprensa é tratada. Há, sim, de fato uma indisfarçável discriminação. Mais especificamente, há um divisor entre uns e outros. Se o discriminado fosse apenas um, poderia ser um caso isolado. Porém, ao contrário, apenas um é privilegiado em detrimento de todos os outros. É um desrespeito coletivo quando há um tratamento excessivamente diferenciado. No futebol vem sendo assim há muitos anos e em várias circunstâncias. O fato mais recente ocorreu na segunda-feira, quando da abertura da pré-temporada do Esporte Clube Passo Fundo. Em inusitado turno matinal, abriram os vestiários à imprensa. Ótimo. Esse é o lugar perfeito para a apresentação. Porém, logo após os discursos de praxe, fomos convidados a deixar o local, pois haveria uma reunião interna.

E, como manda a etiqueta, lá fomos nós (les Autres) para a secretaria, onde nos ofereceram um café e saborosos salgadinhos. Porém, efetivamente, apenas os colegas de um veículo (les Uns) permaneceram no vestiário para trabalhar na maior tranquilidade. O argumento seria de que esses necessitariam de imagens do mesmo local da apresentação. Uau! E nós (les Autres) usaríamos a garrafa térmica do café como cenário? Ora, todos nós poderíamos permanecer no vestiário trabalhando simultaneamente com os privilegiados. Ou seríamos inconvenientes? Discriminação explícita e coletiva. Ainda vale lembrar, isso não ajuda na reparação da imagem de um clube que, após sucessivos tropeços em campo, sequer conseguiu manter internamente um processo sucessório. Tanto que, há alguns meses, a presidência é exercida interinamente pelo presidente do conselho. Esta não é a primeira vez que ocorre esse tipo de discriminação dirigida. E, pessoalmente, fico muito triste com isso. Aliás, irritado. Ainda mais para quem foi o único repórter que, simultaneamente, acompanhou em rádio e jornal o Passo Fundo no seu primeiro ano, em 1986, quando foi campeão. Mas, quem sabe o patrono, que conhece muito bem todas as histórias do clube, poderia colocar isso na balança e pesar o que está certo ou errado. Nem uns, nem outros: L'égalité.


Evolução tecnológica
Do ábaco ao computador, evoluímos. Inicialmente esse desenvolvimento engatinhou e, aos poucos, se transformou em um processo cada vez mais rápido. O avanço tecnológico tem uma razão geométrica e ocorre em todos os segmentos. Inclusive no campo. Em rápida troca de palavras com o diretor geral da Kuhn do Brasil, Mário Wagner, tive uma ideia sobre a velocidade dos avanços tecnológicos. A pesquisa e a conectividade mundial não param. Somente em Passo Fundo a empresa mantém mais de 20 engenheiros em constante desenvolvimento de produtos. E tudo segue tendências tecnológicas, novos componentes e avanços que vêm da Europa ou da Ásia. E tudo acontece numa surpreendente velocidade. Não dá para parar. E olhar para trás, então, nem pensar.

Iracélio
Não, ele não sumiu. Iracélio ainda é visto pelo Bar Oásis. Mas nosso querido Turcão esteve com os pés nas areias de Itapema. Seguiu em missão especial levando na bagagem o casal Tânia e Acioly Rösing. “O professor insistiu e acabei ficando por lá uns dias”, conta Iracélio com mais grau do que termômetro.

Trilha sonora
Para não mudar o tom, um clássico com Yves Montand - Sous le Ciel de Paris
Use o link ou clique
https://bit.ly/2FNCqC7

 

 

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