A deterioração coletiva do intelecto
A realidade da evolução tecnológica já ultrapassa a criatividade da ficção científica. Telégrafo, rádio e televisão deixaram o mundo de queixo caído. Era apenas o engatinhar de uma surpreendente corrida tecnológica. Ora, tudo iria acontecer depois de 2001. E, de fato, aconteceu. Aliás, continua acontecendo em uma interminável sucessão de inovações. Tudo está decorrendo muito rápido. Não foi exatamente em 2001, mas o emblemático ano até pode ser considerado como um marco deste boom tecnológico. A linguagem digital criou raízes, saiu dos escritórios e tomou conta das pessoas. A antiga telefonia agregou inteligência. Demos um salto dos singelos editores de texto para as abrangentes redes sociais. Tudo logo se transformou em equipamentos multimídia. E as pessoas também se converteram para não perderem a conexão com a humanidade. Em rápida adaptação, ainda assumiram a condição de multimídias. Sim. Agora todos seguem uma conduta multimídia. Mas, convenhamos, essa metamorfose foi muito rápida.
E é exatamente na assimilação deste mundo multimídia que surge um problema gravíssimo: a distorção da informação. Por falta de preparo ou pela mais pura ingenuidade, não há mais discernimento. Até parece que Eremildo, o idiota, foi clonado para uma invasão coletiva das almas. E, assim, todos acreditam em tudo aquilo que repica no passa e repassa das redes sociais. Essa tolice acabou com a prudência e abriu espaço para novas formas de ação da maldade humana. Nos últimos anos, somos vítimas de uma distribuição sistemática de inverdades. E não são ações isoladas. Há pessoas que se dedicam (gratuitamente?) ao repasse de notas elaboradas com objetivo de descaracterizar a sociedade. Atacam instituições, normas, estruturas sociais e pessoas. É uma lavagem cerebral que está acontecendo de forma contínua e programada. E sabe-se muito bem quem são alguns dos propagadores desse instrumento destruidor. São células de distribuição e, portanto, representam um crime organizado. Será que a inteligência policial, que deve proteger os cidadãos, ainda não sabe disso? Certamente, não falta tecnologia para rastrear os criminosos. Ou, em linguagem arcaica, basta puxar o fio da meada.
Queda na Mesa Um
Mais de 230 anos após a Queda da Bastilha, enfim, mais um tombo para entrar na história. Foi a Queda na Mesa Um do Bar Oásis. Não propriamente da mesa, mas um incidente numa sessão ordinária da confraria. Na segunda-feira, com quórum elevado, o banco que acompanha o formato arredondado da parede acabou despencando. Além de um raspão e pequenas dores nas almofadas, foi um grande susto. A reconstituição pericial, feita no papel, mostra que a soma do peso de cada um estava de acordo com a estrutura. Mas, será que essa perícia também levou em conta o peso de todas as consciências? Eis a questão. Porém, a vida segue sem problemas. E a partir de agora a Mesa Um já tem mais uma história empolgante para ser contada.
Recepção
Os amigos Bruna e Léo Castanho retornaram de um giro na Europa. No dia em que chegaram foram recepcionados com os sabores da mesa brasileira. Na orla de Ernestina, reencontraram a maionese caseira da Sueli e um granito que o Comando Fachini tratou na cerveja. E como ninguém é de ferro, o Derli levou uma cachacinha exclusiva. A alegria tomou conta de todos. Bom retorno!
Trilha sonora
Nascida em Barcelona, Andrea Motis está com 24 anos, é cantora e trompetista. E também canta em português, como na obra de Paulinho da Viola. Andrea Motis Quintet – Dança da Solidão
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