Os passo-fundenses, assim como os demais brasileiros, estão se casando menos e se divorciando mais. Em um ano, o Cartório de Registro Civil da cidade formalizou 28 enlaces a menos de casais heterossexuais e três de uniões homoafetivas.
Os registros vão ao encontro dos indicadores nacionais elaborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam uma redução de 1,6% no total de casamentos civis no país no dois últimos anos. "O número de casamentos entre pessoas de mesmo sexo aumentou 61,7% no mesmo período, passando de 5.887 para 9.520", revelou o estudo de Registro Civil. Em Passo Fundo, no entanto, os casais homossexuais tiveram um comportamento contrário à média nacional. De dez uniões formalizadas em cartório, no ano de 2018, apenas sete optaram por unir-se em matrimônio com o testemunho legal, no ano passado. Entre os enlaces de pessoas do mesmo sexo, os casais constituídos por mulheres se mantiveram como as uniões homoafetivas mais celebradas na cidade, com quatro casamentos, em 2019, contra três masculinos. Já no ano anterior, elas representaram sete das dez bodas firmadas em cartório.
A tendência pela união estável não formalizada, aliás, também se estendeu aos casais heterossexuais. Se, em 2018, 694 pares optaram pela realização da cerimônia, no ano seguinte, 666 se dirigiram ao cartório para oficializar o desejo de união.
O brasileiro está se divorciando mais
O monitoramento do IBGE desenhou, ainda, um novo tipo de arranjo familiar no país. Isso porque, segundo a pesquisa, os divórcios aumentaram 3,2% entre 2017 e 2018, passando de 373.216 para 385.246, no Brasil, com 46,6% das dissoluções entre as famílias constituídas somente com filhos menores de idade. Dos 166.523 divórcios concedidos para casais com filhos menores, 24,4% tiveram guarda compartilhada, mas a predominância das mulheres na responsabilidade pelos filhos manteve-se, atingindo a proporção de 65,4%. "O número de divórcios concedidos em 1ª instância ou por escrituras judiciais aumentou 3,2%", mostrou o estudo.
Além de estar se divorciando mais, o brasileiro está optando por casar mais tarde. Os homens se uniram, em média, aos 30 anos e as mulheres, aos 28 anos. Já entre os cônjuges solteiros de mesmo sexo, a idade média ao contrair a união foi de aproximadamente 34 anos para os homens e 33 anos para as mulheres.