OPINIÃO

Transferências dos padres

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As transferências dos padres é um tema complexo, pois envolve pessoas e a instituição Igreja. Misturam-se sentimentos do padre e dos paroquianos. Levantam-se dúvidas, aparecem medos, pois toda mudança gera insegurança. Também toda mudança é oportunidade de crescimento. Quem não se desafia ou é desafiado também não cresce. Nas transferências têm as necessidades e os projetos da Igreja, isto é o lado institucional. O ritual da Igreja para a “Tomada de posse do novo pároco” mostra claramente o que são as transferências e a missão do pároco.
Num primeiro momento o padre faz a Profissão de Fé e Juramento de Fidelidade. O processo formativo do padre prepara-o para compreender e aderir à fé professada pela Igreja. A adequada preparação permite que o candidato aceite e adira livremente ao que a Igreja professa e ensina, como também, o padre coloca-se à disposição da Igreja e da evangelização.
A posse se dá com a presença do bispo ou seu delegado. É feita uma Provisão através da qual o padre é enviado àquela paróquia. Ele não vai por conta própria, mas vai como enviado pela Igreja. A missão evangelizadora lhe é dada.
O novo pároco, na missa de posse, proclama do Evangelho. A tarefa primeira e prioritária do padre é anunciar o Evangelho. É ensinar o que a Igreja ensina, pois a fé é fruto do ensinamento.
Após a homilia na qual o bispo ou seu delegado reflete sobre a missão do pároco é feita a Renovação das promessas sacerdotais. Antes da ordenação sacerdotal foram feitas várias perguntas ao candidato e através delas fez várias promessas para realizar bem a sua missão. Um SIM dado um dia, somente se mantém como SIM, se for reafirmado frequentemente. Neste contexto o novo pároco renova diante da comunidade o que prometeu na ordenação.
Ao novo pároco é entregue a chave da Igreja. Colocado à frente de uma comunidade ele tem a missão de governar. Uma paróquia é composta de muitas pessoas, com dons e carismas diferentes. Agregar os fiéis em torno de projetos e causas comuns se torna uma tarefa diária. A Igreja para realizar sua missão tem bens materiais, administra recursos financeiros, emprega. A administração paroquial lhe é confiada.
O pároco administra os sacramentos, por isso na posse se destaca alguns. Indo até a Capela do Santíssimo ou até o Sacrário ressalta-se a centralidade do Sacramento da Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã e de toda pastoral. Presidindo o Sacramento da Eucaristia, seja diariamente ou nas solenidades, o pároco estará alimentado com a Palavra de Deus e o Pão Eucarístico os fiéis a ele confiados.
O pároco é conduzido até o Batistério ou recebe símbolos batismais. É sua tarefa iniciar novas pessoas na vida cristã e administrar o Sacramento do Batismo que integra novos membros na Igreja.
Outra tarefa fundamental do padre é exercitar a misericórdia. Todos os membros da Igreja são pessoas frágeis, inconstantes, pecadores, experimentarão a doença e a morte. A Igreja, através dos Sacramentos da Penitência e da Unção dos Enfermos, cuida da fragilidade humana, além de estar junto aos doentes e celebrar as Exéquias. A cor litúrgica da misericórdia é a estola roxa.

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