Onde há fumaça, há candidato
As eleições municipais são as mais badaladas. Está em pauta a cidade em que vivemos e os personagens da disputa são todos da mesma aldeia. A eleição para prefeito centraliza as atenções e provoca mais discussões. Mas a eleição proporcional (para vereador) não é nenhuma barbada. Mal começou, ou melhor, sequer começou a campanha eleitoral e já estão queimando carvão por aí. E o que não falta é chope. Tem gente que vai gastar o que pode e o que não pode. Onde houver gente reunida em meio à fumaça, tem candidato no meio. Tudo pelo sonho de ser eleito vereador. O êxito eleitoral exige muita paciência, excelente relacionamento e muitos apoiadores. Na prática, muitos dos vereadores chegaram à Câmara depois de um longo trabalho junto à comunidade. Não importa o segmento e não necessita de alarde. A atuação silenciosa é uma ação sedimentar que, lentamente, vai credenciando para uma disputa eleitoral. Mas isso tudo deve ocorrer naturalmente.
Fazer campanha é necessário e demanda em muito trabalho. E, claro, nada é de graça. Porém, o bom é não forçar a barra. Da simpatia ao ridículo são poucos centímetros. Para se eleger serão necessários bem mais do que 1.000 votos, isso se a legenda ajudar. Observem que na última eleição apenas 36 candidatos superaram a marca dos mil. E desses 15 ficaram de fora. Mais de 200 concorrentes não atingiram 500 votos, enquanto 100 candidatos não chegaram sequer ao terceiro dígito. Muda o eleitorado, mudam os partidos. Mas o perfil da lista de concorrentes é praticamente o mesmo. Basicamente dividem-se entre conscientes e sonhadores. Existem os nomes fortes e já tradicionais no meio político. Não faltam os eternos candidatos e surgem inusitadas novidades. Até existem probabilidades, mas, como a eleição proporcional passa pelo êxito das legendas, da largada à chegada todos estarão no páreo. Ora, por isso mesmo é que as eleições são sempre fascinantes.
E se fosse...
- Em Carazinho, onde a turma é muito reservada, o assunto não ultrapassaria os limites da Avenida Flores da Cunha.
- Em Erechim, em tom bairrista, diriam que é consequência do desenvolvimento. Com muito orgulho, emendariam que “agora já temos até faculdade de Medicina”.
- Em Soledade seria resolvido à moda antiga. E após o último estampido não se ouviria absolutamente mais nada.
- Em Passo Fundo ninguém daria bola. Talvez, em asséptico corredor, alguém sussurraria “quem foi desta vez?” E logo todos estariam falando novamente sobre trânsito, aeroporto etc.
- Em Victor Graeff haveria a sangria do primeiro barril de chope. Em seguida, o pessoal já estaria reunido para uma festa na praça. E se alguém perguntasse o que levar, a turma responderia: “traz cuca. Mas só cuca”!
Adamastor
No corredor do supermercado, encontrei o sempre atento Adamastor. Minha saudação foi interrogativa, com um automático ‘tudo bem?’ Do alto de sua inseparável finesse, adquirida sob todos os matizes luminosos da noite, a resposta foi imediata: “sem mudanças no momento”!
Iracélio
Na semana passada, Iracélio seguiu para as areias de Itapema. A missão era para esta semana, mas ele foi bem antes. “No novo apartamento tem uma suíte só pra mim”, o Turcão com o nariz empinado. Desta vez resgatou apenas o carro, já que a Tânia e o Acioly optaram em voltar pelas asas da Azul. Imaginem o beiço do Iracélio.
Trilha sonora
Carlinhos Carneiro, amigo emprestado pelo Fernando, é fera no vocal do Império da Lã. Essa é do Carlinhos em parceria com Chico Bretanha, Felipe Kautz e Pedro Petracco. Um belo videoclipe – Dançando no Giroflex
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