OPINIÃO

Teclando

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A festa que eu vi

O carnaval continua sendo uma contagiante festa popular. Sábado, fui à passarela do samba instalada na Avenida Sete junto ao Parque Gare. Vi muita gente bonita. Vi as pessoas felizes. Vi muita alegria desfilando ou aplaudindo. Com tudo aquilo que vi, reafirmei o meu conceito de que o nosso carnaval de rua é, de fato, uma grande expressão da cultura popular passo-fundense. Pena que algumas escolas tradicionais, como a minha Visconde do Rio Branco, sucumbiram nas trocas de calendários. Mas deixaram raízes, lindas histórias na memória e formaram gerações das costureiras aos passistas para levar as escolas para a avenida. Ora, temos tradição no carnaval, sim! Caso contrário não haveria tantas histórias sobre os desfiles de rua. Grandes enredos ainda estão na lembrança de muitos e muitos personagens ainda enfrentam a passarela. Mas o carnaval de rua sempre foi alvo do ranço dos insatisfeitos. Respeito àqueles que não gostam, contanto que não incomodem quem gosta. Por que alguns falam mal? Convenhamos, ficar discutindo abobrinhas ou criticando detalhes é espelho da mesquinhez. Ou falta de respeito à arte popular.

Por décadas, os desfiles eram realizados na Avenida Brasil com palanque oficial ao lado do Clube Comercial no antigo Altar da Pátria. A passarela deveria ter uns 400 metros. E, como lembrou nossa eterna Rainha, Magda Cavalheiro, ao sambar era necessário cuidar para não enterrar o salto na fuga dos paralelepípedos. Depois, já no asfalto, a passarela foi para a Sete, em frente às antigas instalações de O Nacional, passando em seguida para a Gare. O carnaval de rua é o momento mais eclético de Passo Fundo. Não há distinções e, entre sorrisos e aplausos, todos participam da mesma festa. Foliões de carteirinha como a Dagmar e o Juarez, que nunca perderam um desfile de rua, estavam na arquibancada transmitindo a alegria de sempre. A volta do carnaval de rua, organizado pela Liga das Escolas, foi um importante resgate cultural. O desfile teve quatro escolas e, confesso, todas me surpreenderam. Carros alegóricos, baterias, porta-bandeiras, mestres-salas e lindas coreografias brilharam nos 200 metros de asfalto. Sem conotação competitiva, não houve concurso e a proposta era mostrar que temos muitos talentos. O objetivo foi cumprido com nota dez.

Caminhos alternativos

Adoro traçar rotas diferentes das que habitualmente as pessoas utilizam. Meus caminhos alternativos até viraram piada aqui na redação. Agora, com as obras na Avenida Brasil, a solução é evitar o centro de Passo Fundo. É o momento certo para criar e adotar rotas alternativas. Antes de reclamar sobre o trânsito, faça a sua parte e não congestione ainda mais o fluxo. Aproveite novos caminhos para mudar um pouco a paisagem. Faz bem, pois assim a gente ainda enxerga um pouco mais de Paso Fundo. Não utilize a Brasil. E, claro, lave as mãos!

Autogolpe?

Dizem que golpista não tem cura. Quem gosta de golpe galopa por cima da lei e até pode enaltecer as mais hediondas facetas antidemocráticas. Mas será que um golpista de carteirinha chegaria ao extremo de um autogolpe? Não duvido de mais nada, pois uma vez golpista sempre golpista.

Quem?

Nunca vi tamanha expectativa pelo anúncio de um nome. Todos querem saber quem será o candidato a prefeito indicado por Luciano Azevedo. Candidato ou candidata?

Trilha sonora

Esta é para Maria M. que faz biquinho para uma aprimorada pronúncia francesa. Jaques Brel: Ne Me Quitte Pas

Use o link: https://bit.ly/39iWysU

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