Passo Fundo tem dez suspeitas de dengue sendo investigadas

Até o momento, neste ano, nenhum caso foi confirmado no município

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O número de casos de dengue confirmados no Rio Grande do Sul passou de 20 para 44 na última semana. Outros 266 estão sendo investigados. O índice, apresentado no novo boletim epidemiológico do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), aponta alta em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 36 gaúchos foram infectados pelo mosquito Aedes aegypti. Em Passo Fundo, até o momento, o Núcleo de Vigilância Ambiental do Município não tem registro de nenhum caso de dengue confirmado. No entanto, dez pessoas apresentaram sintomas similares ao da doença e tiveram o quadro classificado como suspeito. O resultado da análise deve ser divulgado nos próximos dias.

 

Embora não haja confirmação de nenhum caso de dengue no município em 2020, a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental, Ivânia Silvestrin, lembra que Passo Fundo está entre os 377 municípios gaúchos considerados infestados pelo Aedes aegypti. “Historicamente, essa época, até o fim de maio, é quando mais nos preocupa. A tendência é a ser o período com maior número de casos. Nós estamos fazendo um trabalho de pesquisa especial desde que houve notificações de casos suspeitos e temos encontrado muitas larvas positivas para o Aedes. Na maioria das pesquisas, encontramos também vários mosquitos adultos. Com a história do coronavírus, parece que as pessoas esqueceram que a dengue também mata. Um simples mosquito pode passar o vírus para várias pessoas”, alerta.

 

No último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre outubro e dezembro de 2019, Passo Fundo constatou indicador de 0,6 para a presença do mosquito em residências locais, sendo considerado um índice de baixo risco para epidemia. Apesar disso, se seguir a tendência de anos anteriores, a Vigilância estima que no próximo LIRAa – previsto para abril – Passo Fundo volte a figurar na lista de municípios onde a infestação do Aedes aegypti é considerada de alerta ou de alto risco. Em março de 2019, por exemplo, a cada 100 casas visitadas pelas equipes da vigilância, 4,3 tinham a presença do mosquito.

 

População deve continuar alerta

Para evitar a proliferação do Aedes aegypti, que também transmite zika e chikungunya, Ivânia Silvestrin salienta a importância da colaboração da comunidade, independente da época do ano. Os cuidados principais devem ser em relação à eliminação da água parada, que pode se tornar um criadouro do mosquito. Recomenda-se, por tanto, tampar caixas d'água, tonéis e latões; guardar garrafas vazias viradas para baixo; guardar pneus sob abrigos; não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia; manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises; manter lixeiras fechadas; manter piscinas tratadas o ano inteiro; e evitar o acúmulo de entulhos.

 

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