Restaurantes adotam medidas para segurança dos clientes

Estabelecimentos vêm registrando queda de movimento durante a semana

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Diante da pandemia do Covid-19, o momento que estamos passando é inusitado. Mas há um consenso coletivo sobre a necessidade de evitar a contaminação de pessoa para pessoa. Quem trabalha com alimentação não foge desta situação delicada. Os restaurantes enfrentam dois problemas: cuidados redobrados para garantir a segurança dos clientes e uma queda brusca no movimento. Desde o início da semana, ainda sem perspectivas sobre os desdobramentos da situação, buscam as melhores alternativas para garantir a segurança dos seus clientes. De acordo com alguns proprietários, a queda no movimento vem aumentando durante a semana. Wilerson Brondani, do Restaurante Franz, sentiu uma queda de 40% na segunda-feira. Já na quarta, estimava uma queda entre 50 e 70%. Na mesma linha, Eduardo Otto Wentz, dos tradicionais Boka e Bokinha, diz que o movimento baixou 50%. Na mesma faixa está o Grill Hall Panorâmico, de acordo com a avaliação de Baltazar Di Domênico.

 

Mesas afastadas

No Franz a primeira medida para aumentar a segurança dos clientes foi ampliar o afastamento entre as mesas. “Reduzimos de 270 para 196 lugares e aumentamos o espaçamento entre as mesas”, explica Wilerson. Outra medida foi a disponibilização de álcool gel em todas as mesas, além da recepção, buffet, caixa e em toda área de produção do restaurante. “Substituímos copos de vidros por canudos descartáveis e a higienização de pratos, talheres e outros utensílios é feita com máquina profissional que utiliza água acima de 70ºC”, disse. Também foram reforçadas as boas práticas necessárias por parte de toda a equipe do Franz. A casa funciona com as portas e janelas abertas para manter o ambiente bem ventilado. “O público está muito receptivo às medidas e nós vamos aguardar as novas recomendações da saúde”, concluiu Brondani.

 

Toalhas, drive-in e tele entrega

No Boka Lanches e no Bokinha são disponibilizadas toalhinhas em rolo nas mesas. “É um paninho fino que o cliente pode umedecer com álcool de 70º para complementar a higienização de pratos ou talheres”, explica Edu do Boka. Mas os cuidados iniciam na retaguarda. “Copos, pratos e talheres são lavados em uma máquina importada, que trabalha com água a 90ºC. Depois ainda passam por um processo final onde utilizamos álcool”, informa. Além disso, as casas mantêm seus protocolos internos que, agora, ampliaram o uso de luvas pelos funcionários. Para que os clientes sintam-se ainda mais seguros, o Boka volta às suas origens de drive-in, que marcou nas décadas de 1970 e 1980. “Se desejarem, podemos servir nos automóveis em nosso estacionamento interno e, para isso, não vamos cobrar estacionamento”, disse Wentz. Já o serviço de tele entrega teve um incremento nesta semana. “Para atender a demanda já estamos ampliando a nossa estrutura de logística”, concluiu.

 

Álcool gel e cartazes

No Grill Hall Panorâmico alguns cuidados são adotados já há alguns anos, especialmente pelo fator de a casa receber passageiros de muitos ônibus de linhas regulares e de excursões. Ainda disponibiliza áreas de churrascaria e lanchonete. “Estamos seguindo todas as determinações da OMS, oferecemos álcool gel em todas as áreas e temos cartazes com orientações”, explica Baltazar Di Domênico. “Desde o episódio H1N1 (2009), nunca mais tiramos o álcool gel do restaurante, tem em recipientes na entrada, nos caixas, banheiros, junto ao café e pelos salões”, conta. O Panorâmico está localizado junto à BR-285, fator decisivo no movimento da casa. Sobre a diminuição do movimento na estrada, Baltazar diz que “está terrível”.

 

 

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