O novo coronavírus também estabeleceu uma nova rotina aos profissionais da saúde. Na linha de frente, eles são peças fundamentais no combate à Covid-19.
A rede municipal conta com 570 trabalhadores, que têm o apoio de equipes de instituições de ensino superior da cidade. Diariamente, além de acolherem pessoas que buscam por atendimento, eles trabalham para aliviar a tensão na comunidade provocada pela pandemia mundial.
O médico clínico-geral Omar Rahhal, que atua no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) Petrópolis, relata que a situação é atípica de todas as que já vivenciou em sua trajetória. “Jamais pensei que viveria um momento tão importante e tão difícil para a humanidade”, revela.
A unidade foi, recentemente, transformada em referência para atendimento de pessoas com sintomas gripais e funciona durante 24 horas. As pessoas que manifestam sinais como tosse, febre e dificuldade para respirar são orientadas a buscar auxílio no local.
A média diária é de 40 atendimentos. “Ao chegarem, os pacientes recebem máscara e fazem a higienização das mãos. Passam pela triagem, aguardam o chamamento e são acolhidos no consultório, que é esterilizado a cada atendimento. Os pacientes com quadro leve de síndrome gripal saem com as recomendações impressas, inclusive, quanto ao isolamento. Os quadros graves são encaminhados ao hospital”, explica o médico.
Quem procura o Cais não apresenta somente sintomas gripais, mas medo frente a uma doença com potencialidades desconhecidas e que já vitimou milhões de pessoas em todo o mundo. É por isso o cuidado e a atenção também são recursos fundamentais dos profissionais da rede municipal em seu dia a dia.
Sobre ser uma peça-chave no combate à pandemia, Omar diz que o orgulho e a gratidão são sentimentos compartilhados entre todos colegas, que, ao deixarem as suas casas, assumem os seus postos numa missão para salvar vidas. “Temos família, a nossa vida, nossa rotina, nossas angústias e alegrias, assim como todos. Nesse momento de crise, não queremos ser reconhecidos como heróis. Somos pessoas”, descreve.
Comunidade precisa lutar junto
Ainda não há vacina nem tratamento totalmente eficaz contra o coronavírus. Por isso, enquanto os profissionais da saúde assumem a linha de frente de combate, eles pedem apoio da população para que a luta contra o inimigo invisível seja vencida.
Omar reforça que medidas simples são grandes aliadas. Entre elas, manter o distanciamento social, utilizar máscara sempre que precisar sair de casa e higienizar as mãos. “Se cada um fizer a sua parte, o caminho será melhor”, considera.