Ada Maria Postal de Castro, ou Dona Ada, como era carinhosamente chamada por familiares e amigos, estaria completando, na próxima segunda-feira (15), 100 anos. Filha de Amadeu Postal (imigrante austríaco do Tirol) e Elisa Gasparotto (filha de imigrantes italianos), Dona Ada nasceu em 15 de junho de 1920, na cidade de Guaporé. Em dezembro de 1940, aos 20 anos, ela começou a escrever uma linda história de vida ao lado do jornalista Múcio de Castro. Jovens e recém casados, os dois dividiam as tarefas no jornal O Nacional, adquirido pelo marido. Com a sede instalada na avenida Sete de Setembro, não foram poucas as noites em que precisaram varar as madrugadas preocupados com um possível incêndio no prédio de madeira, em razão das fagulhas de fogo cuspidas pelo trem que passava muito próximo.
Dona Ada teve uma vida marcada por atividades beneméritas. Foi uma das sócias fundadoras da Liga Feminina de Combate ao Câncer e da SAMI (Sociedade de Amparo à Maternidade Infantil), através de um projeto do Rotary Clube de Passo Fundo. Também fez parte do grupo idealizador do monumento "A mãe", localizado na praça homônima, na avenida Brasil, em frente ao colégio Fagundes dos Reis.
Casados durante 41 anos, Dona Ada e Múcio tiveram seis filhos: Tarso, Gilka, Paulo, Vera, Mara e Múcio de Castro Filho. Em 1981, ela perdeu o seu companheiro de vida, mas seguiu firme na missão de cuidar da família e ajudar aos menos favorecidos. Também se dedicou na produção artesanal de licores e doces, conhecidos como as compotas da Vó Ada. Dona Ada faleceu em 15 de maio de 2016, aos 96 anos, deixando um legado importante como cidadã, esposa, mãe e companheira do marido na consolidação do jornal O Nacional, prestes a completar 95 anos de história na próxima semana.