Com as aulas suspensas desde 18 de março, as escolas municipais seguem sem previsão para retorno das atividades presenciais. “A abertura das escolas depende de uma conjuntura de definições de decretos e também do quadro da pandemia”, explicou o secretário municipal de Educação, Edemilson Brandão. Segundo ele, o município está implementando as atividades remotas, já realizadas por diversas escolas.
Conforme Brandão, a implementação do sistema é um processo e a regulamentação pelo Conselho Nacional de Educação é muito recente. Em 13 de julho, o município lançou a plataforma educacional Google for Education em Passo Fundo. O recurso envolve diversas ferramentas para o ensino, entre elas, o Google Sala de Aula. O secretário explica que também é necessária a ambientação dos professores. “Tem toda uma construção que não é feita em toque de mágica”, disse Edemilson. Os dados dos alunos foram reunidos em uma base única e as famílias receberão emails de acesso da plataforma.
As atividades disponibilizadas pela plataforma também serão entregues de forma impressa para os alunos que não têm acesso a internet. A entrega acontecerá de forma presencial nas escolas. “Medidas já foram delineadas, só falta implementar isso”, explicou o secretário. Assim, não existe ainda previsão de reabertura das escolas para a entrega das atividades. “Depende de uma logística de suporte que não temos neste momento”, justificou. Ainda está sendo discutido quem dará o suporte aos alunos e familiares que necessitem das atividades impressas. “Está sendo feito todo o esforço da Secretaria para esse atendimento”, disse Edemilson.
Mesmo com as atividades remotas, não existem ainda meios de avaliação definidos. “Nesse processo ninguém está exigindo das famílias e das escolas a obrigatoriedade das avaliações”, disse, ressaltando a necessidade de uma regulação nacional e municipal. Assim, será solicitada apenas a devolução das atividades.
Acesso
As condições de acesso a internet estão sendo avaliadas por um levantamento da Secretaria, atualmente em fase de coleta de dados. “Nada nos garante que ela [a criança] tenha acesso a internet qualificado. Este acesso qualificado depende da qualidade da internet, material em casa pra trabalhar e, mais do que isso, ela tem que ter o suporte do adulto para mediar o processo”, explica. Edemilson faz um apelo para que os pais participem da pesquisa que está sendo conduzida pelas escolas.
Situação atual
As atividades no momento dependem das escolas. Muitas têm utilizado as redes sociais e whatsapp para encaminhar e receber as atividades. “Essas articulações ainda não estão dentro de um sistema de gestão educacional”, diz o secretário. A plataforma que está sendo implementada deve seguir sendo utilizada após a pandemia. “Eu tenho certeza que a escola pública depois desta experiência via retornar com educação híbrida”, finalizou o secretário.