IBGE destaca a diversidade na produção do município

lém da soja, Passo Fundo vem registrando um aumento na produção de outros produtos

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 (Foto: Carlos Eduardo Sander) (Foto: Carlos Eduardo Sander)
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Mesmo com uma área rural que não chega a 2% do território, Passo Fundo se destaca no agronegócio. O impacto da produção no PIB fica em torno de 8% a 10% e a população rural vem caindo ao longo dos anos. 

O principal produto do município é a soja, com 41 mil hectares plantados em março de 2020. A estimativa do IBGE para a safra 2019/2020, colhida em abril, chegou a 114.800 toneladas. Além da soja, Passo Fundo vem registrando um aumento na produção de outros produtos.

Jorge Bilhar comenta o perfil do agronegócio no município

“Está acontecendo coisas que a gente não imaginava no passado”, diz o coordenador regional do IBGE, Jorge Bilhar. Ele faz referência à diversidade de culturas registradas no censo de 2017. Uma das causas dessa mudança, aponta, é o fortalecimento das colônias, aliado aos recursos financeiros, como financiamentos e assistência técnica disponível. “Hoje nós temos condições e ainda temos vastos campos para fazer essa produção”, afirmou o coordenador. 

“A agroindústria se destacou, é predominante da pequena propriedade”


Outra causa citada é o aumento no consumo. A população estimada de Passo Fundo é de 203 mil habitantes. O município se configura como “o maior centro consumidor da região norte” Na análise do pesquisador, a cidade é um centro de convergência da região e atrai investimentos. Além disso, as feiras do produtor e dos bairros são propulsoras das pequenas propriedades e do avanço da produção. “A agroindústria se destacou, é predominante da pequena propriedade”, afirmou, baseado nos números do último censo. Com a produção de embutidos, pães e geleias, por exemplo, a agroindústria tem se destacado como uma fonte de renda e de “subsistência econômica, além da produção da agricultura”, explica Bilhar.

A força das feiras ecológicas

Na horticultura, as feiras também mostram que o consumidor busca “produtos mais sadios e ecológicos”. De 902 estabelecimentos agropecuários em Passo Fundo, cerca de 20% relataram não utilizar agrotóxicos no censo de 2017. Bilhar acredita que há um controle mais racional do uso pelo produtor. Com o controle do produtor, de órgãos regulamentadores e da exigência do consumidor, ele afirma haver uma tendência muito grande de cuidado e um “crescimento de horticultura sem agrotóxico”.

Além disso, Bilhar aponta algumas culturas em fase de crescimento ou com grande potencial. Um exemplo é o setor de floricultura. "Passo Fundo é um grande consumidor devido aos eventos, como formaturas. A maioria das flores vendidas aqui são trazidas de São Paulo. Há a necessidade de consumo”, explica. 

Aumento na produção

Bilhar também atribui o aumento da produção ao incremento da tecnologia. Além do maquinário, que facilita a produção, os produtores contam com pesquisa e tecnologia, desde a produção das sementes. Como facilitadores, ele destaca 'o trabalho desenvolvido pela Embrapa Trigo, a excelência da educação na área da agricultura e a disponibilidade de informações, que propicia investimentos. "A informação hoje está em primeiro lugar. Isso facilita muito o desenvolvimento no campo", explica destacando a colaboração do próprio IBGE.

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