Pandemia triplica demanda de alimentos pela ONG Amor

A instituição não-governamental existe desde 2011 no município e auxília mais de 500 famílias

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A paralisação das atividades devido à pandemia do novo coronavírus, bem como o aumento dos índices de desemprego gerado pelo período instável no Brasil, contribuiu para mudanças em diversos setores da sociedade. Em alguns bairros de Passo Fundo, observamos os exemplos mais críticos destas mudanças, a partir da maior vulnerabilidade de famílias desamparadas. São em bairros assim que a ONG Amor atua. Desde o início da pandemia, a entidade teve sua demanda de alimentos a serem distribuídos triplicada. As doações financeiras recebidas, entretanto, caíram em cerca de 70%, dificultando o trabalho da organização.

A instituição encarrega-se de auxiliar as mais de 550 famílias, em condições de extrema vulnerabilidade, dos seis bairros localizados nos arredores da ONG. Ao todo, mais de 3 mil moradores são atingidos diretamente pelos serviços prestados. Antes da paralisação das atividades, entre 150 a 200 crianças frequentavam a estrutura da organização, durante o turno escolar inverso, e realizavam um leque de atividades recreativas e educativas, como oficinas, gincanas e projetos. A estadia no local também representava a garantia das principais refeições do dia para as crianças. Desde março, com o início das medidas de isolamento, essas atividades deixaram de ser realizadas.

Um dos poucos projetos que está sendo feito presencialmente foi criado no contexto da pandemia e contou com 12 voluntários envolvidos e cerca de 125 horas dedicadas, segundo levantamento da entidade no mês de agosto. Ele consiste em assistências à realização das atividades escolares das crianças pelos voluntários. Alguns eventos também contaram com o meio online como alternativa, como atividades temáticas da Semana Farroupilha.

Entretanto, com a impossibilidade das crianças irem até a ONG, a organização precisou se locomover até elas. “Vamos todos os dias entregar comida na casa das famílias mais vulneráveis”, aponta a responsável pela captação de recursos, Melissa Mendonça.

Conforme a voluntária da ONG, com a redução do valor do auxílio emergencial, a situação de fragilidade das pessoas tende a piorar. “Essas famílias são numerosíssimas. As crianças estão em casa, com fome. Porque antes elas comiam na ONG, e agora estão em casa”, ressalta. É neste contexto que as doações à entidade, a partir de suas campanhas, tornam-se fundamentais. “Focamos todos os nossos esforços para conseguir recursos para comprar comida”, comenta.

“As pessoas podem doar valores em dinheiro para que a gente consiga direcionar para o que está faltando na composição das cestas básicas”, afirma Melissa. Para evitar aglomerações e a movimentação até o local, as doações para a campanha Filantropia são feitas via depósito em conta. A meta de arrecadação para o mês de outubro é de R$ 22 mil a 25 mil. Todas as informações sobre a Filantropia e as campanhas restantes da entidade podem ser conferidas no site amor.org.br, ou no Instagram, @ong.amor.


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