Rede Conecta UPF promove inovação no Norte do RS

Universidade é protagonista na região por meio da pesquisa, da interação com empresas, da transferência de tecnologia e do fomento ao empreendedorismo

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Conecta UPF contribui para o desenvolvimento de tecnologias e a criação de empresas inovadoras (Fotos: Leonardo Andreoli)Conecta UPF contribui para o desenvolvimento de tecnologias e a criação de empresas inovadoras (Fotos: Leonardo Andreoli)
Conecta UPF contribui para o desenvolvimento de tecnologias e a criação de empresas inovadoras (Fotos: Leonardo Andreoli)
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Podemos pensar a inovação como algo novo, uma novidade ou uma solução que gere valor para a comunidade e, ao mesmo tempo, que possa solucionar algum problema. Ao longo da história da humanidade muitas inovações transformaram o mundo, como a criação dos motores, que contribuiu para a Revolução Industrial; o telégrafo criado na década de 1830 e que contribuiu para o desenvolvimento das comunicações; e a própria internet, que revolucionou o mundo possibilitando conexões e interações entre milhões de pessoas. Mas para que a inovação seja uma realidade, é preciso que sejam criadas condições adequadas para tal e são muitos os casos de movimentos que buscam criar os chamados “ecossistemas regionais de inovação”. A Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio da Rede de Inovação Conecta, desenvolve um importante papel na região estabelecendo interação com empresas, transferindo tecnologia e fomentando o empreendedorismo. 

O coordenador executivo da Rede de Inovação Conecta UPF, Giezi Schneider, aponta que um ecossistema consiste em um conjunto de fatores e integrantes que interagem e convergem para promover a inovação, especialmente por meio de processos de cooperação e colaboração. Isso pode envolver tanto estruturas físicas como parques tecnológicos, incubadoras, coworkings, laboratórios que atuam de forma integrada com empresas, em um ambiente que contempla aspectos favoráveis de legislação, governança e articulação para que a inovação seja evidenciada. “A rede de inovação Conecta UPF pode ser considerada um ecossistema de inovação em nível institucional, uma vez que congrega vários elementos fundamentais para que isso ocorra. No entanto, a Conecta UPF deve atuar de forma integrada com a região, colaborando para a criação e consolidação do ecossistema regional, no qual diversos outros atores interagem e desenvolvem ações da mesma natureza”, explica. 

A UPF, como principal instituição de ensino e pesquisa do norte do Rio Grande Do Sul, está amplamente engajada com o governo do estado e se consolida como uma instituição chave para a consolidação do ecossistema de inovação na Região Produção e Norte. “Fizemos parte de um grande projeto que envolve todo o estado e colocamos à disposição da região a experiência e os resultados alcançados em tantos anos de atividades de promoção da inovação, atuando em todas as frentes: pré-incubação, incubação, residência de empresas, colaboração em projetos e transferência de tecnologia. E mais, não existe um ecossistema de inovação sem uma pesquisa forte e por isso a UPF consegue contribuir com os seus 15 programas de pós-graduação stricto sensu. Então dificilmente teríamos inovação no norte do RS sem a presença e participação efetiva da UPF”, destaca o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Dr. Antônio Thomé.

Em virtude da maturidade das atividades pró-inovação desenvolvidas na UPF desde 2009, nesse momento a instituição tem papel chave na estruturação desse ecossistema. “A Conecta UPF participa ativamente de processos coletivos em favor da promoção da inovação, dentre os quais se destacam o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Passo Fundo, a articulação do Programa Inova RS, tanto em nível local como estadual, participando também das redes de promoção de ambientes de inovação como a Reginp, no estado, e a Anprotec, em nível nacional”, informa Giezi.


Inovação na prática

Pensando em promover e integrar as diversas ações da Universidade em torno da inovação, em 2019 foi criada a Rede de Inovação Conecta UPF, que atualmente é composta pela Agência de Inovação, pelo Parque Científico e Tecnológico, pela Incubadora de Empresas e pela Rede Analítica. “A UPF entende que precisa desempenhar um papel de protagonismo na promoção da inovação em sua região de atuação e, também, no RS e fora dele. Por isso, a atuação da Conecta passa por uma boa capacidade de articulação interna - entre os setores e pessoas da Conecta e da comunidade acadêmica - e externa, seja com o setor empresarial, com o poder público, com outras instituições de ciência e tecnologia e com a sociedade civil organizada”, detalha o coordenador.

Atualmente a Conecta UPF conta com 11 empresas residentes, 11 empresas incubadas e 4 empreendedores pré-incubados. Aliás, em 5 anos de atividades da incubadora de empresas já foram 26 as empresas graduadas. Além disso, no período 2019-2020 foram realizados 25 projetos colaborativos com empresas, voltados para a realização de pesquisa em parceria. Outro dado relevante diz respeito às propriedades intelectuais: são 60 softwares registrados, 29 patentes já depositadas e 4 cultivares protegidas. “Um reflexo importante de todas essas ações é que nos últimos dois anos quase 150 estudantes da Universidade atuaram juntos às empresas, nos projetos e demais ações de inovação”, frisa Schneider.


Universidade x sociedade

A cooperação entre a Universidade e a comunidade ocorre por meio da construção e da execução de projetos colaborativos, sejam eles de pesquisas, desenvolvimento e validação de tecnologias, apoio para alavancagem de empresas, oportunidades de experimentação técnica e profissional para acadêmicos, proteção e licenciamento de tecnologias, prestações de serviços tecnológicos, formação de pessoas e network, gerando desenvolvimento e qualidade de vida especialmente para a região.

 Conforme Schneider, o processo central consiste na identificação de problemas atuais e futuros cujas soluções poderão ser encontradas a partir da união de esforços. “Dentre tantas possibilidades de colaboração cabe destacar a importância da interação da universidade com as empresas, que se justifica pela criação de melhores condições para que o conhecimento gerado na academia possa chegar à comunidade por meio da capacidade produtiva e mercadológica das empresas. Afinal, a UPF pode desenvolver excelentes soluções tecnológicas para diferentes áreas, mas não é da sua natureza produzir, comercializar e distribuir produtos e serviços para mercados distintos do acadêmico”, salienta Schneider.

Cooperação entre a UPF e a comunidade ocorre por meio da construção e da execução de projetos


Desenvolvendo a inovação de forma descentralizada

Além da Agência de Inovação, Parque Científico e Tecnológico, Incubadora de Empresas e Rede Analítica, a inovação acontece nas unidades acadêmicas, nos laboratórios e centros da UPF, onde projetos colaborativos são desenvolvidos. E não importa se uma empresa já está formalmente ligada ou não à UPF para desenvolver projetos ou atividades em colaboração. Atualmente, empresas de diferentes cidades, regiões, portes e setores têm aderido a processos de inovação aberta em parceria com a universidade, muitas delas, inclusive, se tornando residentes no Parque Científico e Tecnológico.

No fomento ao empreendedorismo inovador e de base tecnológica também há uma tendência à descentralização. “Em 2019 compreendemos a necessidade de expandir as ações em nível regional e iniciamos o processo de descentralização da Incubadora de Empresas em Tapejara. Em breve pelo menos outros três municípios contarão com ações de fomento ao empreendedorismo inovador e de base tecnológica”, destaca o coordenador.


Você sabe o que é a Rede Analítica?

A Rede Analítica integra a Conecta UPF, sendo uma central de análises disponível para toda a comunidade, oferecendo ao público interno ou externo serviços de laboratório voltados especialmente para o desenvolvimento ou aprimoramento de tecnologias, além de tantos outros serviços já ofertados pela UPF.


Entre os serviços de análise estão:

- Ensaio de espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR)

- Atividade de água (Aa ou Aw)

- Análise Termogravimétrica (STA 6000)

- Análise de tamanho de partícula por difração a laser (Bettersizer)

- Avaliação Metalografica (Micrografia e Macrografia)

- Ensaio de Corrosão utilizando Potenciostato – Galvanostato

- Análise de falhas

- Avaliações em Microscopia eletrônica de varredura (MEV)

- Ensaio de fadiga em metais

- Análise e identificação Gemológica

- Espectrometria de Fluorescência de Raios X

- Difratometria de Raios X

- Microtomografia Computadorizada de Raios X

 

Mais informações podem ser obtidas na Cartilha de Serviços da Rede Analítica disponível no site www.upf.br/conecta, pelo telefone (54) 3316-8158 ou pelo e-mail [email protected].

 

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