Acordo para reajuste salarial afasta possibilidade de greve no transporte público

Com patamar de negociação fixado em 3,92%, categoria opta por aceitar proposta da Coleurb

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Os trabalhadores do transporte público de Passo Fundo aceitaram, na quarta-feira (26), a proposta de reajuste salarial para a categoria, de 3,92%, apresentada pela Coleurb afastando, assim, a possibilidade de greve e paralisação dos coletivos urbanos.

Em assembleia realizada no começo da manhã, às 5h30min antes da abertura dos portões da empresa para início da circulação diária dos ônibus, 226 trabalhadores optaram pelo voto favorável à segunda proposta apresentada pela concessionária em mediação realizada junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbanos de Passo Fundo (Sindiurb), segundo afirmou o presidente do Sindiurb, Miguel Valdir Santos Silva. “A Codepas pediu mais alguns dias para analisar a proposta”, disse o líder sindical na quinta-feira (26), data da primeira reunião da entidade de classe com a empresa.

De acordo com o segundo texto enviado pela Coleurb para discussão, ficou acordado um percentual de 3,92% ao salário-base previsto na norma coletiva, sem redução, sobre os meses de outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e 13º salário, acrescidos de 8%; vale-alimentação será de R$ 500,00 e 13º salário pago de forma integral, sem considerar as reduções de salário decorrentes dos ajustes da pandemia ou os períodos de suspensão, sendo que, para os trabalhadores que estão em exercício, o montante será pago em parcela única enquanto que, para os trabalhadores que estão com os contratos suspensos, em duas parcelas a serem depositadas entre os meses de dezembro e janeiro, conforme esclareceu Silva.

Acerto

Embora o percentual tenha ficado um pouco abaixo dos 4,5% reivindicado pela categoria, que abrange motoristas e cobradores, a Coleurb disse, em nota, que o pagamento do abono não contempla os contratos que se encontram suspensos em razão da pandemia. “Os salários previstos no acordo coletivo serão pagos sem reajuste até o mês de fevereiro/2021”, pontuou a empresa que, na quarta-feira (24), manifestou “preocupação” por uma possível paralisação dos serviços de mobilidade urbana. As restrições de circulação em decorrência da pandemia do coronavírus, como alegou a concessionária, fez com a média diária de transporte passageiros tenha tido uma queda de 18% da média habitual. A partir de junho, em virtude de algumas alterações na legislação e respectivas flexibilizações, a média transportada ficou em 20 mil, chegando, em outubro, a 24 mil passageiros por dia, representando entre 48% e 50% do total antes da pandemia, segundo a empresa. 

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