Passo Fundo registrou em 2019 a menor taxa de divórcio dos últimos 10 anos

Pesquisa mostra dados sobre nascimentos, casamentos, divórcios e óbitos no município

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O “felizes para sempre” dura em torno de 17 anos em Passo Fundo (Foto: Jayden Seah/Unsplash)O “felizes para sempre” dura em torno de 17 anos em Passo Fundo (Foto: Jayden Seah/Unsplash)
O “felizes para sempre” dura em torno de 17 anos em Passo Fundo (Foto: Jayden Seah/Unsplash)
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Ao longo de 2019, 2.799 bebês foram registrados em Passo Fundo. A maioria, 1449, era meninos. Esse é o número mais baixo de nascimentos na cidade desde 2014, quando nasceram 2.932 crianças na cidade. “Em função do controle de natalidade e da inserção da mulher no mercado de trabalho”, pondera o coordenador regional do IBGE, Jorge Benhur Bilhar. A redução em relação ao ano passado é inferior a 2% e a média é de 1,8 filhos por mulher em Passo Fundo, uma taxa considerada de “primeiro mundo”. Algumas décadas atrás o índice chegava a seis filhos por mulher nos anos 1980, de acordo com Bilhar. A faixa etária das mães também mudou. Mais mulheres de 30 até 40 anos estão tendo filhos.

Fonte: IBGE - Pesquisa Estatísticas do Registro Civil

Os dados são da Pesquisa Estatísticas do Registro Civil do IBGE, divulgada na última semana. Além de nascimentos, a pesquisa apresenta dados sobre casamentos, divórcios, óbitos e outros indicadores.

Casamento

O número de casamentos na cidade caiu 18,1% em comparação a 2013, quando a cidade teve 807 matrimônios. Em 2019 foram 661 casamentos, a grande maioria entre parceiros do sexo oposto. “Nas periferias hoje existem muitas uniões estáveis, o que acontece também em todas as classes sociais”, ressalta Bilhar.

Fonte: IBGE - Pesquisa Estatísticas do Registro Civil

Apenas três casamentos foram registrados entre dois homens e quatro entre duas mulheres. Após crescer para dez em 2018, o casamento homossexual caiu para sete em 2019. “Eu creio que é em função da legalidade, há um número bastante grande de uniões de fato, só não é oficializado. Muita gente ignora, o importante é a convivência”, analisa Bilhar. Com a pandemia, a expectativa é de que os casamentos sigam caindo em 2020. “O desafio vai ser 2020, se vai ter aumento ou não, a tendência é para a queda, já que a justiça as vezes também demora”, diz Bilhar, em relação aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Divórcio

O “felizes para sempre” dura em torno de 17 anos em Passo Fundo. A cidade teve 239 divórcios ao longo do último ano, o menor número nos últimos dez anos. Os casamentos com 26 anos ou mais tem a maior taxa de divóricio na cidade. 

Óbitos

O número de mortes cresceu 7% na cidade, para 1.485. No entanto, as mortes violentas caíram 9%, para 101. “Em função da própria questão de segurança, há um controle, houve uma redução. Isso vai dizer em 2020 o que está acontecendo”, analisa Bilhar. A grande maioria das mortes violentas ocorreu entre homens, foram 82 ao longo do ano, enquanto 19 mulheres morreram de forma violenta. A diferença é a menor entre os óbitos naturais, foram 698 homens e 685 mulheres. 

A pandemia também gera uma expectativa para os dados sobre óbitos de 2020, que serão publicados ano que vem. 

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