O Gabinete de Crise negou o pedido de reconsideração de Passo Fundo e a região segue em bandeira vermelha no mapa definitivo da 35ª rodada do Distanciamento Controlado. “Avaliamos os dados e decidimos indeferir os pedidos de reconsideração para que as regiões fiquem com a cor no mapa de acordo com a gravidade da sua situação. As salvaguardas foram bem aplicadas e demonstram o nível de alerta por meio do mapa, que é o nosso objetivo no governo do Estado. Se as prefeituras consideram que devem ser mais flexíveis, podem adotar os protocolos da sua região”, afirmou o governador Eduardo Leite durante o Gabinete de Crise.
Passo Fundo pode adotar protocolos de bandeira laranja, devido a cogestão regional. A região está em bandeira vermelha desde o final do mês de novembro. A vigência das bandeiras desta rodada começa a partir desta terça (5/1) e vai até a próxima segunda-feira (11/1).
Indicadores
Passo Fundo se mantém entre as regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, com 62 registros. As demais regiões são Porto Alegre (152), Caxias do Sul (88), Canoas (65) e Pelotas (50).
Passo Fundo ficou em bandeira preta em dois indicadores específicos da região: número de hospitalizações por Covid-19 para cada 100 mil habitantes e projeção de óbitos. O indicador do número de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias ficou em bandeira amarela e o do estágio de evolução da doença laranja.
A região teve uma redução de 40% nos registros de hospitalizações para Covid-19 nos últimos 7 dias, que passaram de 103 para 62 registros nesta semana. O número de óbitos cresceu de 25 para 26 na última semana. No entanto, a nota técnica que justifica a classificação ressaltou que “nas três últimas semanas, acumulam-se 81 óbitos na região”.
A razão de casos ativos sobre recuperados caiu, de 0,48 para 0,35. A região registrou 1.864 ativos e 5.259 recuperados durante a semana do levantamento.
Por fim, a nota destaca que a quantidade de hospitalizações em proporção da população é “bastante elevada”. A região registra 9,28 novas hospitalizações por Covid-19 para cada 100 mil habitantes.
Estado
O Gabinete de Crise negou os quatro pedidos de reconsideração ao mapa preliminar nesta segunda-feira (04). Assim, o Rio Grande do Sul volta a apresentar em uma região a classificação mais alta prevista no modelo, depois de duas semanas sem bandeira preta.
A região de Bagé ficou na cor preta, que representa risco altíssimo para coronavírus. Outras 13 regiões ficam em bandeira vermelha (risco epidemiológico alto) e sete em bandeira laranja (risco médio) – Santa Maria, Uruguaiana, Taquara, Novo Hamburgo, Guaíba, Cruz Alta e Erechim.
O risco altíssimo em Bagé é resultado da combinação entre a piora na ocupação de leitos por pacientes com Covid-19 na macrorregião Sul e o fato de a região apresentar bandeira preta no indicador de hospitalizações para cada 100 mil habitantes.
Isso culminou no acionamento da nova regra do Distanciamento Controlado: a salvaguarda de bandeiras vermelha e preta. Implementada a partir desta 35ª rodada, a regra tem o objetivo de garantir que os níveis de risco alto e altíssimo sejam aplicados quando a capacidade hospitalar está próxima do limite e se evite o esgotamento de leitos.
Nesta 35ª rodada, as regiões de Capão da Canoa, Porto Alegre, Santo Ângelo, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões e Caxias do Sul receberam bandeira vermelha no mapa preliminar acionada pela salvaguarda. A região de Bagé foi a única a ter acionada a salvaguarda de bandeira preta.