Empresa passo-fundense recebe reconhecimento da Amazon

Prêmio Alexa de Acessibilidade é entregue pela gigante norte-americana do setor de tecnologia

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A empresa passo-fundense Splora conquistou o primeiro lugar no Prêmio Alexa de Acessibilidade, entregue pela multinacional norte-americana Amazon, como reconhecimento à inovação e ao impacto positivo no cotidiano de pessoas com deficiência.  

Através do jogo “Memória Sonora”, que proporciona um treinamento para os cidadãos que necessitam de reabilitação cognitiva auxiliando no tratamento de alguns tipos de desordem, como demência e doenças degenerativas, a skill desenvolvida pela entidade jurídica especializada em Softwares e Aplicativos venceu outras 99 iniciativas brasileiras de acessibilidade tecnológica selecionadas por um júri composto por funcionários da Amazon, da AACD, da Fundação Dorina Nowill para Cegos e do Instituto Jô Clemente, assim como pessoas com deficiências assistidas por essas ONGs.  

Por utilizar o som no lugar de cartas, essa funcionalidade também pode ser usada por pessoas cegas ou com baixa visão. “Todas as skills mostraram grande qualidade de desenvolvimento, design, usabilidade, criatividade e impacto na vida de pessoas com deficiências”, afirmou a companhia do multimilionário Jeff Bezos na justificativa do prêmio que leva o nome da assistente virtual utilizada em alto-falantes inteligentes.  

A skill é um clássico jogo da memória, mas que utiliza sons como cartas. O objetivo é encontrar os 10 pares. Foto: Splora/Divulgação



Com mais de sete anos de experiência, a empresa passo-fundense deve receber um prêmio de R$ 10 mil em dinheiro, além de um Echo Studio, e a possibilidade de apadrinhar uma instituição catalogada pelas entidades julgadoras para receber R$ 50 mil reais em doação. “Este prêmio soma para o desenvolvimento do nosso ecossistema de inovação”, celebrou a diretora do SploraAdriana da Leve. " O 'Memória Sonora' pode ser usado por pessoas com e sem deficiência. Por sugestão dos avaliadores, vamos desenvolver uma versão para Echo 8 da Amazon, com tela, para ser jogada por deficientes auditivos", afirmou a CEO enfantizando que a startup, criada no UPF Parque, pretende estabelecer vínculos com a Secretaria Municipal de Educação para a utilização da ferramenta tecnológica no apoio pedagógico e com a Associação Passo-Fundense de Cegos (APACE), para auxiliar na evolução cognitiva dos deficientes auditivos com o uso da skill.

Segundo Adriana, a funcionalidade, em breve, estará disponível em inglês e espanhol, além do português. "Estamos projetando um jogo para ser jogando em time", mencionou.

Jogo intuitivo foi pensado pela equipe da Splora para a inclusão de pessoas cegas ou com baixa visão. Foto: Divulgação

O prêmio 

Anunciado na quinta-feira (4), o Prêmio Alexa de Acessibilidade foi julgado em duas fases. Entre os 100 projetos submetidos à primeira etapa, 10 skills foram selecionadas para avaliação do corpo técnico. Além da empresa passo-fundense, a Amazon premiou a proposta “Onde eu guardo isso?”, que auxilia pessoas com deficiência intelectual e visual a lembrar onde cada objeto é guardado ou deve ser colocado. Pessoas que convivem ou prestam serviço para essas pessoas também podem usar a ferramenta para guardar as coisas no mesmo lugar, e o “Localizador de ônibus São Paulo Acessível”, pensado para auxiliar pessoas com deficiência visual ou baixa visão a terem informações sobre a chegada de ônibus e localização do ponto, assim como a acessibilidade presente ou não naquele determinado veículo de transporte coletivo que circula pela cidade de São Paulo.  

Para ativar as funcionalidades ganhadoras do reconhecimento, o usuário precisa acionar o dispositivo através de um comando de voz direcionada à Alexa. Em nota enviado ao portal especializado Tecnoblog, a gerente de marketing da Amazon Alexa no Brasil, Thais Cunha, afirmou que a empresa está “extremamente orgulhosa de ver uma tecnologia, como a Alexa, ajudar tanta gente”. 



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